Novo medicamento promete atenuar ativamente sintomas de Alzheimer
A doença de Alzheimer, de instalação insidiosa e progressão lenta, afeta, primeira e predominantemente, a memória episódica, com o doente começando por ter dificuldades em lembrar-se de fragmentos recentes da sua vida (onde coloca os objetos, os recados, o que comeu no dia anterior, em que dia do mês está).
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Portugal é o quarto país da OCDE com maior número de casos de demência e está entre os países com pior resposta para este grave problema de saúde mental.
No relatório 'Cuidados necessários: Melhorar a vida das pessoas com demência', divulgado pela OCDE em 2018, Portugal está no final da tabela entre 45 países, com uma taxa de prevalência de demência de 19,9 casos por 100 mil habitantes, bem acima da média da OCDE (14,8). Pior, só o Japão, a Itália e a Alemanha.
Um retrato mais abrangente diz-nos que, em 2017, a demência atingia 19 milhões de pessoas nos países da OCDE, número que deverá disparar em 2050 para os 41 milhões.
Diversas causas e formas de conviver melhor com a doença tem sido pesquisadas ao longo dos anos, e agora, a Universidade de Buffalo, no estado de Nova Iorque, nos EUA, apresentou o estudo de um medicamento que pode ser capaz de compensar os efeitos da doença no sistema nervoso, evitando a decorrência da perda de memória.
O inibidor alostérico PDE4D, conhecido como BPN14770, foi utilizado em testes clínicos realizados pelos investigadores daquela instituição de ensino superior e uma das conclusões retiradas foi que os efeitos da sua aplicação podem inibir a ação da beta amiloide, uma proteína característica da doença que causa danos no sistema nervoso.
Segundo Ying Xu, co-investigador principal e professor associado de pesquisa da Escola de Farmácia e Ciências Farmacêuticas da Universidade de Buffalo, a observação dos efeitos dessa solução demonstra que existem mecanismos que podem compensar os danos cerebrais nesta patologia.
"A nova pesquisa sugere que o BPN14770 pode ser capaz de ativar vários mecanismos biológicos que protegem o cérebro de défices de memória, danos neurológicos e deficiências bioquímicas", comentou, Ying Xu.
Segundo os académicos, o desenvolvimento de um novo medicamento com esta solução, embora seja realmente desafiador, representa um grande avanço na busca incessante e urgente de métodos que auxiliem pacientes em todo o mundo na manutenção da qualidade de vida. A pesquisa que está em curso com 255 voluntários deve ter novos capítulos divulgados até 2020.
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