Uma equipa de investigadores norte-americanos apurou que quanto mais ativos são os indivíduos idosos menor é a probabilidade de desenvolverem qualquer tipo de demência, sobretudo Alzheimer.
Durante o estudo aqueles que tiveram em atenção o número de passos que caminhavam por dia mostraram uma menor progressão do declínio mental e perderam menos tecido cerebral, em áreas ligadas à memória.
Médicos do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, realizaram exames ao cérebro de 182 adultos com uma idade média de 73 anos.
Posteriormente e durante seis anos foram administrados mais exames cerebrais aos seniores, que por sua vez também utilizaram aparelhos que monitorizavam a sua atividade física.
Alguns dos participantes já haviam desenvolvido placas no cérebro, que são um sinal de alarme para o aparecimento de Alzheimer e aumentam o risco de degradação cognitiva.
Todavia, as capacidades cognitivas e a matéria cinzenta deterioraram-se mais lentamente entre os indivíduos mais ativos.
Caminhar contra o Alzheimer
A investigadora e líder do estudo Reisa Sperling disse, em declarações ao jornal britânico The Guardian: “Foram detetados efeitos positivos apenas com alguma prática de atividade física, mas esses benefícios revelaram-se mais proeminentes entre aqueles que caminhavam 8,900 passos por dia”.
Os resultados do estudo foram apresentados na Conferência de Alzheimer em Los Angeles e publicados no periódico científico JAMA Neurology.