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Por que o excesso de exercício físico faz mal ao fígado e ao cérebro

Treinar faz bem, mas não em demasia. Para evitar o impacto negativo, a recomendação é ter períodos de recuperação entre 24 a 48 horas.

Por que o excesso de exercício físico faz mal ao fígado e ao cérebro

A prática de exercício físico é recomendada por todos os profissionais de saúde como forma de prevenir uma série de doenças. No entanto, há quem exagere na prática de atividade física, não fazendo intervalos suficientes de descanso que, dependendo do tipo de atividade e do organismo do indivíduo, pode ser entre 24 a 48 horas. Essa prática excessiva pode exercer o efeito oposto ao esperado, prejudicando o funcionamento do organismo e aumentando o risco de problemas de saúde.

A BBC divulgou que uma equipa de investigadores brasileiros descobriu que treinos muito intensos podem provocar alterações no coração, fígado, músculos e sistema nervoso. A descoberta, baseada em testes com camundongos, indica que as consequências variam desde dificuldade para captação de glicose pela célula até ao aumento de gordura no fígado – problema que está relacionado ao surgimento de obesidade e diabetes.

“A prática de exercício físico de maneira regular, moderada e supervisionada por um profissional de educação física é extremamente benéfica. No entanto, caso ocorra um desequilíbrio entre o excesso de exercício físico e os períodos de recuperação, o efeito do exercício pode se tornar prejudicial à saúde”, explicou Adelino Sanchez Ramos da Silva, coordenador da pesquisa e professor da Universidade de São Paulo (USP), à BBC.

Os danos para a saúde

Músculos

A análise mostrou que as células musculares tiveram maior dificuldade para captar a glicose no sangue. Essa substância é usada como fonte de energia celular, que serve de combustível para o organismo humano. Verificou-se ainda que nos testes de descida, os ratos mostraram sinais de atrofia e má formação de proteína no interior das células.

Fígado

Notou-se também que para compensar a falta de glicose (açúcar) dispensada pelo corpo para aguentar os treinos intensos, o fígado passou a compensar a ausência da glicose. Isso acontece porque o órgão é um importante agente no controlo do açúcar no sangue, podendo armazenar glicose, que pode ser utilizada em situações de necessidade. Segundo a equipa, essa atuação compensatória provocada pelo excesso de exercício poderia ter sido responsável pela acumulação de gordura no fígado e sinais de inflamação notados pelos cientistas – embora ainda seja necessário confirmar esta hipótese.

Coração

O coração não ficou imune. O treino excessivo provoca o endurecimento do tecido cardíaco no ventrículo esquerdo – alteração encontrada em doenças como insuficiência cardíaca. A equipa constatou que esse problema também estava associado a um maior aumento de glicose nos tecidos cardíacos.

Adicionalmente, pesquisas anteriores já haviam demonstrado que treinar em excesso e dispensar o repouso causa insónias, problemas de memória, falta de concentração, dores e enfraquece o sistema imunitário. 

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