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Mais de três milhões de portugueses sofrem de dores crónicas

Estudo pioneiro revela mais de três milhões de portugueses com dor crónica nos Cuidados de Saúde Primários.

Mais de três milhões de portugueses sofrem de dores crónicas

Em Portugal, a dor crónica afeta cerca de 34% dos indivíduos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e, em média, o diagnóstico de dor crónica demora quatro anos após os primeiros sintomas. No que respeita à intensidade da dor, numa escala numérica de 0 a 10, a média de intensidade máxima referida pelos doentes é de sete.

Estas são algumas das principais conclusões do estudo 'Chronic Pain Care - Prevalência e Caraterização da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde Primários', um estudo pioneiro que envolveu 8480 doentes e 58 unidades de saúde, em Portugal Continental. Promovido pela Grünenthal Portugal, o estudo foi levado a cabo por profissionais de saúde em contexto de consulta nas unidades de saúde familiar das Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo.

Os dados obtidos revelam que a prevalência da dor crónica é elevada e que a maioria dos médicos e dos doentes (mais de 60%) não tem uma expectativa temporal quanto à resolução da dor. Este estudo demonstra ainda o elevado impacto desta doença na qualidade de vida dos doentes. As principais dificuldades referidas são a dor/desconforto (92%), a realização de tarefas quotidianas (74%), ansiedade e depressão (69%), dificuldade na mobilidade (67%) e na realização de cuidados de higiene (43%).

A patologia mais frequente entre os doentes caracterizados é a lombalgia, seguindo-se de dor nos membros inferiores (66%), e nos membros superiores – ombros (33%) e região cervical (33%). Ainda, 95% dos doentes com dor crónica apresentam outras comorbilidades crónicas associadas, nomeadamente, doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (72%), doenças do sistema circulatório (64%) e do sistema musculoesquelético e ligamentos (43%).

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“Este estudo mostra-nos o quão urgente e necessário é criar práticas estandardizadas de avaliação da dor crónica e apostar, cada vez mais, na formação médica, com o objetivo de alcançar uma avaliação, diagnóstico, tratamento e controlo da dor crónica cada vez mais efetivos e eficazes”, afirma o Dr. Filipe Antunes, Assistente Hospitalar de Medicina Física e de Reabilitação, Coordenador da Unidade de Dor Crónica do Hospital de Braga e coordenador do estudo.

O especialista acrescenta ainda que “a avaliação da dor deve ser encarada como uma prioridade nos cuidados de saúde e avaliada de forma rotineira, à semelhança do que acontece com a avaliação da temperatura corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória e da tensão arterial”.

O estudo 'Chronic Pain Care' foi realizado ao longo de um ano, tendo o último doente sido recrutado em novembro de 2018. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, multicêntrico e transversal. O objetivo primário do projeto foi avaliar a prevalência da dor crónica nos Cuidados de Saúde Primários em Portugal Continental. A par destes dados foi ainda possível explorar as características demográficas dos doentes, caracterizar a dor crónica e avaliar o impacto desta patologia na qualidade de vida dos doentes.

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