Doenças da mente. Sete sintomas de Parkinson que deve ter em atenção
Trata-se de uma doença bastante frequente e progressiva para a qual têm surgido novos tratamentos bastante promissores.
Os elementos-chave que definem a Doença de Parkinson são a presença de tremores, rigidez do tronco e dos membros e lentidão dos movimentos.
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Lifestyle Parkinson
Estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofram da doença de Parkinson. De acordo com informações disponibilizadas pela rede de hospitais privados CUF, registam-se por ano mais de 1800 novos casos e prevê-se que, com o aumento da longevidade da população, esta doença aumente nos próximos 20anos, afetando cerca de 30 mil portugueses.
À escala mundial, estima-se que existam 7 a 10 milhões de pessoas vivem com esta doença.
A sua prevalência aumenta com a idade, sendo rara antes dos 50 anos, e é mais comum nos homens do que nas mulheres. Ainda assim, em 5% dos casos a Doença de Parkinson surge antes dos 40 anos.
Qual a causa de Doença de Parkinson?
Esta doença resulta da redução dos níveis de uma substância que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos. Essa substância é a dopamina. Os níveis de dopamina reduzem-se como consequência da morte das células cerebrais que a produzem. Para que os sintomas de Parkinson se manifestem, é necessária a morte de 70 a 80% dessas células.
Todavia, a comunidade médica ainda não conseguiu apurar qual é o motivo dessas células morrerem e porque razão umas pessoas desenvolvem esta doença e outras não.
Outros factores que contribuem são a história familiar, a exposição a pesticidas ou toxinas industriais e o próprio envelhecimento, de acordo com a CUF.
Os sintomas
- Uma vez que a dopamina controla a actividade muscular, os sintomas desta doença relacionam-se essencialmente com os movimentos. Para lá dos tremores, rigidez e lentidão de movimentos já referidos, existem outros sintomas que se traduzem no sono, no pensamento, na fala e no estado de espírito dos pacientes.
- A manifestação inicial da Doença de Parkinson é, de um modo geral, um tremor ligeiro numa mão, braço ou perna que ocorre quando a extremidade afetada está em repouso mas que pode aumentar em momentos de maior tensão. Como regra, o tremor melhora quando o paciente move voluntariamente a extremidade afetada e pode desaparecer durante o sono.
- À medida que a doença progride, o tremor torna-se mais difuso e pode afectar as extremidades de ambos os lados do corpo.
- Quando os músculos da face são afectados, a expressão pode ficar apagada e, no caso de outros músculos, o doente pode ser incapaz de cuidar de si próprio.
- A depressão ou ansiedade são frequentes nos pacientes com Parkinson, bem como as perturbações da memória.
- Podem ainda ocorrer dificuldades visuais, incontinência urinária e alterações na sexualidade, cãibras, dificuldades de mastigação e deglutição, bem como aumento da sudação.
- A instabilidade postural e as dificuldades na marcha tornam a doença de Parkinson bastante incapacitante, dificultando o sentar-se e o levantar-se e obrigando a uma marcha com pequenos passos, arrastados e sem o normal movimento pendular dos braços.
Tratamento para a Doença de Parkinson
Embora não exista cura, os sintomas podem ser controlados através de diversos tipos de medicamentos.
Esses medicamentos estimulam a libertação de dopamina, desde que ainda existam células cerebrais produtoras de dopamina. Quando tal não é possível, recorre-se a outro tipo de medicamentos, como a levodopa que depois é convertida em dopamina a nível cerebral.
A escolha do tratamento adequado para a Doença de Parkinson dependerá, portanto, da fase da doença. Alguns estudos referem o interesse da utilização de alguns anti-oxidantes e suplementos contendo vitamina E e C. É essencial que a utilização dessas outras substâncias seja sempre feita com conhecimento e concordância do médico.
São igualmente importantes medidas como a prática regular de exercício físico e uma dieta equilibrada que permitem oferecer melhor qualidade vida e melhorar o controlo corporal.
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