Dermatite atópica: Escola da Atopia chegou a Portugal
Com o objetivo de criar um espaço de intercâmbio de conhecimentos e experiências entre profissionais de saúde, doentes e cuidadores de crianças com dermatite atópica, a equipa de Dermatologia da CUF Almada, com o apoio da Fundação para a Dermatite Atópica e em parceria com a Associação Dermatite Atópica Portugal - ADERMAP, organizou a primeira sessão da Escola de Atopia em Portugal.
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A sessão teve lugar Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz CRL na manhã de dia 11 de Maio, sob o tema 'O que fazer na Dermatite Atópica'.
Pedro Mendes Bastos, dermatologista CUF, refere que “existe necessidade dos cuidadores e das pessoas com dermatite atopica se exprimirem acerca do impacto da doença e, é comum, procurarem respostas junto de profissionais de saúde e de pessoas que passam pelos mesmos desafios. Atendendo a estas necessidades e valorizando a importância de aproximar e capacitar as pessoas que vivem, directa ou indirectamente, esta doença, lançamos de forma pioneira em Portugal a Escola da Atopia”.
A Escola da Atopia é uma iniciativa que já decorre em vários países, gerando espaços de partilha de informação e promovendo a troca de experiências sobre esta doença. Pedro Mendes Bastos revela que “a ambição da organização é que a médio prazo possam abrir mais Escolas da Atopia em Portugal”.
A Fundação para a Dermatite Atópica tem por objetivo dar aos pacientes, aos pais de crianças com atopia bem como aos profissionais de saúde, informações sobre a natureza da dermatite atópica, os seus tratamentos, as suas repercussões na vida dos pacientes e das suas famílias e as melhores maneiras de aliviar o peso que constitui esta doença.
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Joana Camilo, Presidente da ADERMAP, com diagnóstico de dermatite atópica desde criança, com mãe e filho de 9 anos também com a mesma doença, acolhe com entusiasmo o lançamento da Escola de Atopia, revelando que “a limitação de tratamentos específicos para a doença, a frustração e ansiedade pela falta de controlo, a limitação de conhecimento sobre a doença e o isolamento que esta doença despoleta são motivos frequentes de desespero das pessoas que vivem com dermatite atópica, que tendem muitas vezes a silenciar o seu sofrimento. Partilhar as preocupações e frustrações e adquirir novos conhecimentos é uma forma ativa de procurarmos melhor compreender a doença e desenvolver ou aperfeiçoar estratégias para melhor lidar com ela”.
Nesta Escola estão dermatologistas, pediatras, psicólogos, enfermeiros, cuidadores e pessoas com dermatite atópica motivadas a partilhar informações sobre a natureza desta doença crónica e o impacto físico e psicológico que acarreta.
Durante a ação de sensibilização para adultos, decorreram actividades paralelas, adaptadas por faixa etária, para crianças e adolescentes com dermatite atópica, acompanhadas em grupos por enfermeiras.
Aproximadamente 4,4% da população europeia vive com dermatite atópica. O dermatologista da CUF explica que “esta doença crónica manifesta-se em manchas e placas de pele vermelhas, com descamação. Estas lesões estão associadas a uma comichão intensa. Para além do impacto físico, as pessoas com dermatite atópica tendem a sentir um forte impacto psicológico, existindo maior propensão para a depressão, ansiedade ou perturbação do sono”.
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