Em declarações ao jornal norte-americano Washington Post, Josh Hader revelou que há algumas semanas que sentia um desconforto acentuado na região cervical e pensou que ‘estalar’ ligeiramente os ossos dessa zona poderia ajudar. Hader disse àquela publicação que acredita que, inadvertidamente, usou um pouco de força a mais nas mãos e ouviu um estalido diferente no momento da manobra (uma espécie de ‘ploc’).
Foi então que começou a sentir que o seu lado esquerdo estava dormente e que não conseguia andar direiro. Menos de uma hora depois, Josh dava entrada na emergência do hospital com um Acidente Vascular Cerebral grave, segundo a classificação dos médicos, que poderia tê-lo levado à morte caso não fosse socorrido a tempo.
Estalo perigoso
Mas afinal, o que aconteceu? A manobra brusca do estalo provocou a rutura de uma das principais artérias do pescoço do homem, condição conhecida como dissecção de artéria cervical. Esse tipo de lesão tende a aumentar o risco de acidente vascular cerebral, de acordo com a Clevaland Cinic. O derrame pode ocorrer se, no rompimento da artéria, um coágulo de sangue formar-se no local da rutura bloqueando o fluxo sanguíneo para o cérebro, afinal, tudo está interligado.
Embora sofrer um AVC após estalar o pescoço na tentativa de ‘relaxar’ seja algo raro, pode acontecer. Em março deste ano, uma mulher no Reino Unido passou por uma situação semelhante à de Hader e também ficou parcialmente paralisada.
Segundo o especialista Robert Glatter, médico que atua na emergência do Lenox Hill Hospital de Nova Iorque, não existe uma forma 100% segura de estalar o pescoço: "é melhor simplesmente evitar fazê-lo para prevenir potenciais complicações".