Uma equipa de investigadores da Universidade da Austrália Ocidental reuniu um grupo de 1.500 indivíduos aos quais foi pedido que visualizassem imagens de 189 adultos caucasianos (101 homens e 88 mulheres), tendo antes sido questionados se tinham sido infiéis com os seus parceiros.
Os entrevistados foram então solicitados a classificar esses rostos em numa escala de 1 a 10, em que 1 significava "nem um pouco provável de que seja infiel" e 10 "extremamente provável". O resultado, publicado no periódico científico Royal Society Open Science, constatou que "tanto homens quanto mulheres foram precisos ao avaliar a probabilidade dos homens, mas não das mulheres, traírem e ‘roubarem o parceiro alheio".
Os cientistas pretendiam analisar não apenas se homens e mulheres poderiam identificar uma possível infidelidade do outro, mas também se era possível detetar um possível ‘ladrão de parceiro’ do mesmo sexo.
Eles citaram pesquisas que mostravam que 70% das pessoas em mais de 50 culturas relataram uma tentativa de ‘roubar’ o parceiro de outra pessoa e 60% afirmaram que foram bem sucedidas. Os resultados "não foram o esperado", os cientistas admitiram. Os homens foram capazes de identificar possíveis 'caçadores furtivos' entre outros homens, mas mesmo quando outras mulheres julgavam pares do mesmo género, a fêmea da espécie era inescrutável.
"Homens e mulheres mostraram uma precisão acima da média para os rostos masculinos, mas não para os rostos das mulheres. Portanto, a infidelidade percebida pode, de fato, conter algum núcleo de verdade nos rostos masculinos, mas não nos femininos", escreveram os cientistas.