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Está a morrer de tédio? 4 estratégias para realizar tarefas desagradáveis

Indivíduos de sucesso adotam vários tipos de estratégias mentais para tornarem desafios difíceis mais toleráveis.

Está a morrer de tédio? 4 estratégias para realizar tarefas desagradáveis
Notícias ao Minuto

11:30 - 28/03/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Psicologia

A determinação e a persistência foram objeto de inúmeros estudos comportamentais, mas pouco nos ensinam sobre como reagir a problemas na vida real.

O que as pessoas mais focadas fazem para se concentrar nas tarefas mais entediantes?

Medindo a força interior

Num estudo da Harvard Grant Foundation, que monitorizou um grupo de ex-alunos ao longo das suas vidas, os participantes foram orientados a correr na passadeira até não aguentarem mais.

Nas sete décadas seguintes, foram questionados sobre como as suas vidas transcorreram. O tempo que conseguiram correr na passadeira foi um indicador confiável para seu bem-estar psicológico no futuro.

Os níveis de condicionamento físico dos estudantes não afetaram os resultados. Os investigadores estavam confiantes de que o tempo que eles correram era uma medida precisa do seu grau de determinação.

É fascinante pensar que um teste tão simples - até que ponto está disposto a esforçar-se numa corrida - pode medir sua força interior.

"Sabemos relativamente pouco sobre como as pessoas lidam com tarefas no seu quotidiana", diz Marie Hennecke, psicóloga da Universidade de Zurique, na Suíça.

"Isso refere-se a tarefas que surgem de forma espontânea - como as pessoas reagem nessas situações? É daí que veio a ideia para este estudo. Podemos entrevistar as pessoas logo depois de terem completado uma tarefa desagradável e perguntar como o fizeram?".

Foco no objetivo

Após fazer uma lista das 19 estratégias mais frequentes para lidar com tarefas desagradáveis - da automotivação à redução de distrações -, os investigadores compilaram respostas de pessoas para situações da vida real. Estas vão desde desafios mentais, que incluem trabalho e pesquisa, assim como tarefas diárias desgastantes, como deslocamentos quotidianos, cozinhar e limpeza.

"Descobrimos que há muitas maneiras de as pessoas serem bem-sucedidas: elas podem tornar (a tarefa) mais agradável, podem definir metas menores", diz ela.

"A partir daí, concentramo-nos naquelas (estratégias) que funcionaram melhor."

Focar nas consequências positivas foi a estratégia mais utilizada, seguida por outras, como pensar no fim da tarefa, ‘enriquecer’ a atividade - ouvindo música, por exemplo - e verificar o progresso realizado até chegar à meta.

Distrações não ajudam

Similar ao teste da passadeira de Harvard Grant, um dos estudos mais famosos de autocontrole ensina-nos pouco sobre como manter o foco na vida real.

O chamado ‘teste do marshmallow’ de Stanford - em que crianças podiam comer um marshmallow ou dois, se conseguissem resistir a comer o primeiro por um determinado período de tempo, indica que a técnica mais bem-sucedida foi distrair-se durante tarefa.

Mas este não é o caso dos desafios da vida real.

Antes de tudo, o teste do marshmallow não é natural. Poucas tarefas na vida quotidiana exigem esperar 15 minutos sem tocar num marshmallow, mas muitas requerem paciência.

Mas, nesse caso, distrair-se é a pior coisa que pode fazer.

"Isso é bem diferente do teste do marshmallow", diz Hennecke.

"Ambos exigem autocontrolo, mas a pesquisa (do marshmallow) de Walter Mischel (psicólogo de Stanford) analisou a tentação da qual quer se distrair."

"Nas tarefas diárias que avaliamos, as pessoas disseram que o uso de distrações era uma maneira autoimposta de lidar com a tarefa desagradável", acrescenta.

"Eu especularia que pensar noutra coisa deixa a pessoa mais inclinada a fazer outra coisa, o que significa que perde o interesse na tarefa que deveria estar a realizar”.

"Assim, descobrimos que o uso de distrações não era apenas a estratégia menos eficaz, como também tinha um efeito negativo no seu êxito. Pode fazer com que se sinta melhor, mas não o ajuda a ser bem-sucedido", explica.

"Certamente, as pessoas com alto nível de autocontrolo usam essa estratégia muito menos do que as pessoas com pouco autocontrolo”.

"Se há uma conclusão, podemos dizer que essas quatro estratégias (abaixo) devem funcionar para todos em geral no dia a dia”.

As quatro estratégias mais eficazes:

1. Focar nas consequências positivas - "Lembro a mim mesmo porque realizo essa atividade e penso nas consequências positivas."

2. Focar nas consequências negativas - "Penso nas consequências negativas que podem ocorrer se eu não realizar a atividade."

3. Pensar no término - "Lembro a mim mesmo que em breve vou concluir a tarefa."

4. Controlar as emoções - "Mudo a forma como me sinto (por exemplo, tento ficar de bom humor)."

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