Os miúdos não estão bem. Doenças mentais nas crianças estão a crescer...
A fundadora da Childline, a renomada organização britânica que protege os direitos das crianças, refere que a presença menos prevalecente de avós, tios e tias na vida das crianças, deixa os mais novos sem ninguém com quem partilhar os seus problemas e preocupações.
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Lifestyle Saúde mental
Esther Rantzen, jornalista e apresentadora televisiva da estação BBC, distinguida pela Rainha Isabel II da Grã-Bretanha com a distinção e título de Dama pelo seu trabalho na proteção do bem-estar das crianças, alerta que a diminuição das famílias alargadas tradicionais está a prejudicar a saúde mental das crianças.
A jornalista salienta que os mais novos têm cada vez menos pessoas da sua confiança para partilharem os seus problemas e dia a dia, sendo este um fator determinante para a infelicidade da criança e até para o desenvolvimento de condições mais graves como depressão e ansiedade.
A fundadora da Childline revela que o número de vezes que a palavra “ansiedade” é mencionada em sessões de terapia quase que duplicou de 11,706 desde há dois anos para 21,706 no ano passado.
E mais de um terço das sessões destinaram-se a crianças que sofriam de problemas mentais ou emocionais.
Durante um discurso proferido durante a gala anual da organização operacional desde 1986, a Dama Esther Rantzen disse: “As crianças precisam de ter pessoas nas suas vidas que as aceitem incondicionalmente, de modo a crescerem saudáveis e com auto-confiança”.
“As famílias têm que se questionar se os filhos têm de facto apoio emocional suficiente. Acredito que infelizmente a chamada família nuclear tornou-se isolada, e as crianças necessitam de mais”.
Rantzen alertou ainda para a pressão crescente que advém das redes sociais e sobre como a problemática das mudanças climáticas acarretará consigo num futuro breve “tempos atribulados” para as gerações mais novas.
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