Estudo revela qualidade de vida das pessoas com dermatite atópica
A Federação Europeia de Associações de Doentes com Alergia e Doenças das Vias Respiratórias (EFA – European Federation of Allergy and Airways Diseases Patient’s Associations) divulgou o maior estudo de sempre sobre a qualidade de vida das pessoas com dermatite atópica (DA) na Europa.
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Na Europa, quase 10% das pessoas com dermatite atópica sofre de uma condição grave:
- As pessoas com DA grave pagam adicionalmente em média 927,12€ por ano pelo tratamento da doença, e têm gastos extras com necessidades quotidianas, como higiene pessoal, que custam em média 18% a mais por mês;
- 23% destas pessoas não têm uma visão otimística sobre a sua vida;
- 28% das pessoas vivem todos os dias com prurido (comichão) na pele, 17% têm a pele com fissuras, e 20% sentem a sua pele a descamar;
- 1 em cada 4 pessoas sente incapacidade para lidar com a vida, especialmente acima dos 50 anos e em condições mais graves da doença;
- 70% estão constantemente à procura de informações sobre tratamentos novos e mais eficientes que ajudem a melhorar a sua vida;
- 51% das pessoas tentam esconder a doença;
- 45% das pessoas confessa que a dermatite atópica influenciou os seus relacionamentos, vida sexual e hobbies na semana antes das entrevistas;
- 38% declara-se prejudicado no trabalho por causa da sua pele.
A apresentação aconteceu a 14 de setembro, data marcada pela celebração do 1.º Dia Europeu e Mundial da Dermatite Atópica e no âmbito do 27.º Congresso Anual da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV), que decorreu em Paris.
Aumentar a visibilidade e a compreensão sobre o real impacto das formas mais severas da doença foi um dos principais objetivos que esteve na base deste estudo de âmbito europeu.
O estudo 'Comichão pela Vida – Qualidade de Vida e custos para as pessoas com dermatite atópica na Europa' (Itching for Life – Quality of Life and costs for people with atopic eczema in Europe) incluiu 1.189 pessoas com dermatite atópica grave de 9 países da União Europeia.
“A EFA quer promover uma maior compreensão entre as pessoas que não têm a doença para ajudar os europeus que vivem de forma atípica devido à dermatite atópica grave a terem uma vida mais normal”, afirma Susanna Palkonen, Diretora da EFA.
Focado na análise da qualidade de vida e das vivências das muitas pessoas que vivem com dermatite atópica grave, o relatório final destina-se a informar e sensibilizar todos os que não têm a doença. Em particular, o relatório alerta para a necessidade dos profissionais de saúde não se focarem apenas no tratamento dos sintomas, mas no tratamento da pessoa com DA, e deixa recomendações aos decisores políticos, seguradoras e para a necessidade de mais investigação sobre esta doença.
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