Acha que é especial? Cinco vantagens genéticas que poucos têm...

Os filmes e a literatura de ficção científica estão repletos de super-heróis mutantes com dons especiais e habilidades extraordinárias. Mas, no mundo real, algumas pessoas comuns também possuem ‘superpoderes’ provenientes de uma genética fora de série.

Acha que é especial? Cinco vantagens genéticas que poucos têm...

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Liliana Lopes Monteiro
23/11/2018 13:00 ‧ 23/11/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Superpoderes

De acordo com uma reportagem divulgada pela BBC News, existem determinadas vantagens genéticas que abrangem uma proporção muito pequena da população. Estas surgiram devido a mutações espontâneas, um processo natural que fica registado no ADN destes indivíduos ‘especiais’.

Da mesma forma que alguns herdam doenças genéticas, outros herdam genes que lhes dão capacidades extraordinárias.

Conheça cinco exemplos de ‘superpoderes’ que apenas alguns humanos geneticamente escolhidos têm:

1. Visão submarina perfeita

A maioria dos indivíduos fica com a visão turva quando abre os olhos debaixo de água. Isto não ocorre porque a água danifica a visão, e também devido a um problema físico: já que a densidade da água é semelhante com a do tecido que forma os olhos.

Mas há uma exceção: o povo moken, que habita a região do Mar de Andaman, na costa da Tailândia. A tribo é também conhecida por ‘ciganos do mar’, já que passa grande parte da sua vida na água a pescar.

Ora, os genes destes indivíduos desenvolveram-se e adaptaram-se para que conseguissem ver perfeitamente debaixo de água e por longos períodos de tempo.

2. Tolerância ao frio

Outra vantagem genética observada em alguns povos tradicionais é a resistência a baixas temperaturas.

A temperatura do corpo humano saudável oscila entre 36,5° C e 37,5° C.

Um corpo humano normal não consegue resistir ao frio extremo, mas algumas populações humanas têm essa capacidade, graças aos seus genes.

Tribos como os inuits, que habitam o Ártico, e os nenets, que vivem no norte da Rússia, adaptaram-se às baixas temperaturas.

Os seus organismos respondem de maneira diferente ao frio porque possuem uma constituição única relativamente aos demais humanos.

3. Menos horas de sono

Uma característica que poderá ter, mesmo sem que pertença a nenhum grupo étnico específico, é a de funcionar bem mesmo com poucas horas de sono.

Vários estudos científicos já mostraram que a maioria das pessoas necessitam de dormir entre 7 e 9 horas por noite.

Dormir menos que o necessário pode causar problemas de saúde e também males psicológicos, como falta de concentração e até depressão.

Apesar disso, um estudo científico publicado em 2014 com gémeos não idênticos permitiu à Academia Norte-Americana de Medicina do Sono identificar uma mutação genética que permite a algumas pessoas necessitar de menos horas de sono.

Pessoas com uma mutação no gene DEC2 têm uma fase de sono REM (sono profundo) mais intensa, o que faz com que seu descanso seja mais efetivo.

Com seis horas de sono ou menos, estes indivíduos sentem-se completamente repousados.

4. Ossos mais densos

Eis uma vantagem genética que parece saída de uma história de super-heróis.

Na maioria das pessoas, os ossos vão perdendo densidade e massa à medida que envelhecemos. O problema é conhecido como osteoporose, e pode gerar fraturas e deformações nos ossos.

Mas algumas pessoas possuem uma mutação no gene chamado SOST, que regula a produção de uma proteína chamada esclerotina. Esta é a proteína que controla a produção e o crescimento dos ossos.

Um estudo conduzido por pesquisadores de Washington (EUA) encontrou evidências de que existem algumas pessoas com mutações no gene SOST, e que como tal não perdem massa óssea à medida que envelhecem.

5. Adaptação às alturas

As comunidades andinas têm uma palavra para a falta de ar sentida pelas pessoas em grandes altitudes: ‘soroche’.

O ‘soroche’, ou mal das alturas, costuma causar náuseas, pressão baixa, dor de cabeça e problemas respiratórios.

Todavia, o chamado ‘mal da montanha’ não afeta as populações tradicionais dos altiplanos.

Estudos realizados com o povo quéchua (dos Andes) e com tibetanos dos Himalaias mostraram que estes possuem adaptações selecionadas geneticamente para viver nesses ambientes.

Possuem uma caixa toráxica maior que a média e possuem ainda uma maior capacidade pulmonar, o que lhes permite absorver mais oxigénio a cada respiração.

 

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