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Saiba por que tomar vitamina D sem receita médica pode não ser boa ideia

Quando os dias começam a encurtar no outono, aumentam as preocupações sobre a falta de luz solar – e uma possível deficiência de vitamina D. Para muitos, a solução é tomar suplementos.

Saiba por que tomar vitamina D sem receita médica pode não ser boa ideia

Apesar da importância da vitamina D, os seus benefícios não implicam necessariamente que pessoas com níveis saudáveis daquele hormónio necessitem de tomar algum tipo de suplementação.

Mais que isso, e de acordo com uma reportagem divulgada pela BBC News, especialistas como Tim Spector, professor de epidemiologia genética no King's College London, no Reino Unido, afirmam que mesmo as diretrizes atuais para a suplementação de vitamina D - indicada para fortalecer os ossos, evitar fraturas e aliviar sintomas de depressão sazonal (causada pela falta de luz solar) - foram baseadas em estudos "provavelmente falaciosos".

Algumas dessas pesquisas, por exemplo, envolviam populações idosas que viviam em asilos, ou seja incluíram maioritariamente pessoas que não se expunham com frequência ao sol e que estavam mais propensas a sofrer fraturas e osteoporose do que a população em geral.

Mais ainda as provas apuradas até ao momento não são de todo claras. Uma meta-análise publicada em agosto de 2018 concluiu que o aumento de níveis de vitamina D na população em geral não reduziria necessariamente o risco de fraturas nos ossos em pessoas saudáveis.

Já uma outra meta-análise que englobou 81 estudos descobriu que a suplementação de vitamina D não previne fraturas e quedas, nem melhora a densidade mineral do osso. Os investigadores concluíram que as diretrizes deveriam ser atualizadas para refletir esse resultado.

Ainda assim Sarah Leyland, consultora de enfermagem em osteoporose pela Sociedade Nacional de Osteoporose Britânica, disse também à BBC que os suplementos de vitamina D são úteis para os grupos de risco que não têm nenhuma exposição ao sol.

De acordo com o NHS, o serviço nacional de saúde britânico, os indivíduos necessitam de permanecer no exterior somente por um curto período de tempo, com mãos e antebraços descobertos e sem proteção solar entre março e outubro – os meses que correspondem a dias mais longos no hemisfério norte - para garantir vitamina D suficiente pelo resto do ano.

"Sabemos que as pessoas saudáveis não vão reduzir o risco de fratura ao tomar suplementos de cálcio ou vitamina D", afirma Leyland. "Entretanto, pessoas que não absorvam níveis suficientes da vitamina, como aquelas que não podem sair de casa ou vivem em acomodações protegidas, podem sim beneficiar desses suplementos."

A especialista garante ainda que a toma de vitamina D deve desse modo ser recomendada por um médico, já que na maioria dos casos o seu consumo não será necessário. 

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