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Hipotiroidismo não é depressão, mas também afeta a saúde mental

Na data que marca o Dia Internacional da Saúde Mental, o Notícias ao Minuto falou sobre esta condição em concreto com Isabel Manita, médica endocrinologista.

Hipotiroidismo não é depressão, mas também afeta a saúde mental
Notícias ao Minuto

08:00 - 10/11/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Saúde mental

O hipotiroidismo é classificado como uma alteração no funcionamento da tiroide, mais precisamente pela produção insuficiente de hormonas tiroideias, comprometendo o normal funcionamento do organismo”. Com esta breve explicação, Isabel Manita esclarece desde logo que esta é uma condição clínica distinta da depressão, contudo, as mesmas são confundidas, uma vez que a depressão pode ser um dos sintomas desta condição – confusão esta que dificulta o tratamento.

Quem sofre de depressão – um problema que nem sempre é tratado de imediato por falta de vontade e iniciativa por parte do doente – “ignora com frequência a possibilidade de apresentar uma insuficiência de hormonas tiroideas”, diz a especialista.

Os sintomas comuns a ambos, e que fazem da doença em questão um problema silencioso, passam por fadiga, apatia, falta de concentração e iniciativa, alterações do sono e ganho de peso, que no caso do hipotiroidismo se deve à autoinflamação do organismo e consequente destruição das células da tiróide, caso se esteja perante um caso de Tiroidite de Hashimoto, que é o tipo mais comum.

Além disto, o hipotiroidismo tem como manifestações mais frequentes o cansaço, falta de energia, sonolência, intolerância ao frio, pele seca, cabelo quebradiço, obstipação e diminuição dos batimentos cardíacos. A doença compromete o corpo de forma global e por isso os sintomas são muito variados, expressando-se diferentemente em cada indivíduo.

Mas este problema que afeta a saúde mental pode também advir de outras causas como cirurgia parcial ou total da tiroide, radioterapia em contexto de doença oncológica, iodo radioativo para tratamento de hipertiroidismo (hiperfunção da tiroide) ou mesmo a utilização de alguns fármacos, mas porque estes são casos que carecem de acompanhamento médico, a hipótese de se sofrer de hipotiroidismo é tida em conta pelo especialista em questão.

Quem afeta?

Por ser uma possível consequência de exposição a tratamentos ou medicamentos, o hipotiroidismo pode aparecer em qualquer idade, mas a endocrinologista ressalva que afeta mais mulheres do que homens.

“A Tiroidite de Hashimoto é uma doença autoimune e as doenças autoimunes apresentam uma produção de anticorpos contra o próprio organismo, o que contrasta com o que acontece normalmente em que os anticorpos são produzidos para nos defender destas agressões. Ainda não existe uma justificação final, mas as doenças de natureza autoimune são mais comuns no género feminino o que acaba por acontecer com o hipotiroidismo”, elucida Isabel Manita.

Em Portugal, a percentagem de casos de hipotiroidismo subclinico é de 7,7% e de de hipotiroidismo clínico, 1%, e a tendência é a de o número crescer, mesmo que já exista mais informação em torno do hipotiroidismo.

Isabel Manita refere que “a comunidade médica tem apostado fortemente em dar a conhecer o que é o hipotiroidismo e que o diagnóstico é feito através de um processo bastante fácil e que pode ser controlado”.

Este controlo é essencial, já que não há cura para o hipotiroidismo. O tratamento é feito através da toma diária oral de levotiroxina, uma hormona tiroideia sintética que não causa efeitos secundários, desde que se tenha em atenção os alimentos e outros medicamentos que possam alterar a absorção de levotiroxina.

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