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Nova "terapia revolucionária para a depressão" envolve cogumelos mágicos

Um componente encontrado nos cogumelos mágicos com efeitos alucinogénios, a psilocibina, foi considerado uma “descoberta revolucionária” no tratamento da depressão, pela Agência norte-americana de Fármacos e Alimentação (FDA).

Nova "terapia revolucionária para a depressão" envolve cogumelos mágicos

Foi no passado mês de agosto que aquela agência autorizou a realização do primeiro ensaio clínico com psilocibina.

Até ao momento os resultados da experiência têm aparentemente sido tão promissores, entre os pacientes que sofrem de depressão resistente a outros tipos de tratamentos nos quais são administradas drogas tradicionais, que a FDA resolveu distinguir e reconhecer o potencial da terapia alternativa com recurso à psilocibina. Decisão essa que poderá reduzir em metade o tempo que levará a ser definitivamente aprovada.

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a depressão é um dos principais problemas de saúde no mundo desenvolvido.

Estima-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens possam ter crises de depressão em alguma fase da sua vida e as crianças também podem ser afetadas.

Entre os milhões de pessoas afetadas em todo o mundo, entre 10 a 30% não encontram alívio nos fármacos tradicionais e comummente usados para combater aquela patologia mental, tais como os tão usualmente prescritos inibidores selectivos da recaptação da serotonina (SSRI).

Adicionalmente, existem ainda 10 outras classes de drogas antidepressivas, mas para alguns pacientes todos esses medicamentos e tratamentos falham.

E mesmo quando funcionam, muitos indivíduos demoram meses para sentir a sua eficácia, e esse alívio momentâneo pode ainda vir acompanhado de efeitos secundários, como náuseas, insónias e disfunção erétil.

Já a psilocibina é, segundo a FDA, radicalmente diferente das atuais terapias existentes.

Enquanto que os SSRIs e outros medicamentos aprovados para tratar a depressão atuam no centro emocional do cérebro, tornando a amígdala menos sensível ao impacto de sentimentos negativos intensos, a psilocibina parece fazer precisamente o contrário.

Nos exames cerebrais realizados nos pacientes submetidos ao tratamento experimental com aquela substância, a psilocibina pareceu encorajar a atividade emocional que decorre na amígdala.

Porém, e de alguma forma, os pacientes parecem ser capazes de processar adequadamente esses sentimentos, e sentir alívio dos sintomas depressivos que os afetam passado apenas algumas semanas.

Os investigadores creem que tal dever-se-à ao facto da psilocibina ‘reiniciar’ os circuitos neurológicos que estimulam a criação e propensão no cérebro dos indivíduos de loops de feedback de emoções negativas – quebrando assim esses padrões mais sombrios e permitindo atenuar os sintomas caraterísticos da depressão.

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