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Depois do cancro e por “uma vida normal” a mulher enfrenta novos desafios

E depois do cancro? É a questão que se coloca às mulheres que enfrentaram um cancro da mama metastático e são destacadas hoje, Dia Nacional do Cancro da Mama.

Depois do cancro e por “uma vida normal” a mulher enfrenta novos desafios
Notícias ao Minuto

09:30 - 30/10/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Cancro da mama

O cancro da mama metastático é um problema que surge na mama e se espalha para outros órgãos como os pulmões, fígado, ossos, gânglios ou cérebro. Apesar de ser um problema sem cura, o desenvolvimento oncológico tem permitido a que mulheres que sofram desta doença (este é o género que conta com mais casos deste tipo de cancro) contem com uma esperança media de vida cada vez maior e com mais qualidade.

Mas apesar dos avanços na medicina, Matilde Salgado, que trabalha na área da oncologia, reconhece que “apenas 5 a 10 por cento dos novos casos de cancro da mama avançado correspondem a um primeiro diagnóstico, o que significa que a grande maioria se deve ao seu reaparecimento”. Ou seja, entre 90 a 95% dos casos surgem em casos de quem já teve cancro, fez o tratamento e a doença reapareceu.

Tal alerta feito pela especialista surge pela necessidade de se sensibilizar para a necessidade de o (ex) doente permanecer sobre vigilância: “mesmo quando as queixas deixam de ser habituais, é necessário recorrer ao médico para que possam ser realizados os exames necessários e pertinentes”.

É pois deste constante acompanhamento médico que a mulher que passou por um cancro da mama consegue garantir a sua autonomia e “vida normal”, longe de tratamentos. Se se pensar que o problema ressurge principalmente em mulheres entre os 45 e os 55 anos, que ainda estão, portanto, ativas no mundo do trabalho, facilmente se entende que o tratamento e acompanhamento medico são fulcrais para garantir a contínua participação no mercado de trabalho (durante a pós o tratamento).

Face aos tratamentos, que dependem da própria, bem como do apoio de familiares e amigos, Matilde Salgado não deixa de referir outros desafios como “o stress devido à falta de segurança no emprego ou dificuldade em cumprir com compromissos contratuais pois uma pessoa com esta doença tem um tratamento contínuo e vai oscilando na forma como se sente”.

Tal faz crescer a importância para que exista “a oportunidade para criar horários e condições de trabalho adaptadas, como por exemplo trabalhar alguns dias a partir de casa”. Este é um passo a que devem ter direito todas as guerreiras que ultrapassaram um cancro da mama e não devem ver a sua vida limitada pela doença quando a vontade é a de seguir em frente com uma vida normal.

Matilde Salgado é assistente hospitalar de oncologia do Hospital Pedro Hispano e no Hospital da Luz Póvoa de Varzim.

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