Na carta, que é variada e convida a momentos de partilha, pratos do mundo fundem-se com propostas da cozinha lusa, num casamento de sabores exóticos e tradicionais. O restaurante é elegante e cosmopolita, decorado com requinte, à semelhança do hotel. Tem capacidade para sentar 88 pessoas e funciona ao almoço, das 12h00 às 15h00, e ao jantar, das 19h00 às 22h30.

O acesso ao AKLA faz-se através do lobby do hotel ou por uma entrada independente no número 2 da rua Marquês de Subserra, uma perpendicular da rua Castilho. À primeira vista, o restaurante pode parecer mais pequeno do que na realidade é, em parte pela própria arquitectura do espaço, que tem duas áreas distintas e com nivelamentos diferentes, e em parte pela disposição irregular das mesas, algumas mais recatadas.

Azul e dourado são principais tonalidades do AKLA e as que conferem ao espaço um certo esplendor: a primeira reveste boa parte das paredes do restaurante e dá cor aos painéis de azulejos pombalinos espalhados pela sala; a segunda surge em vários apontamentos decorativos, como candeeiros e pés de mesas. Também a luz assume especial importância na decoração do restaurante, com vários candeeiros de pé e de parede a reforçarem a iluminação de certas mesas.

Sugerindo um movimento ondulante, o AKLA caracteriza-se por ter vários ambientes: as duas mesas ao centro concentram muitas atenções e são apropriadas para receber pequenos grupos; já as duas mesas redondas situadas em cantos opostos da sala e com cortinados em redor são ideais para reuniões de trabalhos que exigem maior privacidade e para encontros mais intimistas. O restaurante conta ainda com um balcão adjacente a uma área de showcooking, de onde é possível observar e acompanhar de perto a confecção de alguns pratos.

© Akla

No AKLA, a construção de todas as ementas começa no papel: de lápis na mão, o chef desenha um a um os pratos que quer criar, já tendo em vista o perfeito equilíbrio de cores e sabores. “A minha cozinha é do mundo”, define Eddy Melo, e a frase efectivamente confirma-se, a ver pela carta. Uma carta que fala por si e diz muito de quem a criou: plena de referências e de produtos autóctones dos Açores e nacionais, mostra um conhecimento profundo da cozinha portuguesa, mas também a visão de um cozinheiro viajado, que se formou e trabalhou vários anos no Canadá.

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Na carta do AKLA constam pratos sazonais, recriados de forma tradicional. De legumes orgânicos a peixes frescos elegantemente trabalhados e apresentados, o chef dá a escolher diferentes propostas gastronómicas que destacam os ingredientes locais e enaltecem os sabores portugueses.

Como entradas, pode-se optar por Ostras da Ria Formosa, Camarão de Moçambique, Pataniscas de bacalhau e Pica-pau do lombo, entre outros petiscos que chegam à mesa em doses para partilhar. Entre os pratos principais, as carnes maturadas assumem maior destaque, ou não fossem as grandes especialidades do restaurante: depois de grelhadas a altas temperaturas nas brasas do forno josper, adquirem uma suculência deliciosa e um sabor único. Da cozinha do AKLA tambem saem ceviches, carpaccios, pastas, risottos e saladas; e na garrafeira ́ nao faltam vinhos de diversas regiões vitivinicolas do país.

Risotto abóbora de mugambo© Akla

Eddy Melo nasceu nos Açores mas cedo haveria de ganhar mundo fora da ilha Terceira. Com 14 anos mudou-se com a família para o Canadá, país onde se formou e deu os primeiros passos na cozinha de um hotel, primeiro como part-time, depois a tempo inteiro. Pela equipa do Quebec arrecadou várias medalhas de ouro em competições gastronómicas de referência, como a IKA/Culinary Olypics, que se realiza na Alemanha a cada quatro anos, e chegou a participar no Annual Salon of Culinary Arts, importante mostra gastronómica que tem lugar em Nova Iorque.

                              Ceviche da camarão de Moçambique© Akla

Antes de regressar a Portugal em 1994 para assumir os comandos da cozinha do antigo Le Meridien Park Atlantic Lisboa, actual InterContinental Lisbon, viveu e trabalhou nos EUA e na Jamaica. Tais experiências foram cruciais e acabariam por definir a sua cozinha, uma cozinha que é eclética e que fala muitas línguas mas que trata com respeito o receituário português. 

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