Atenção. Vernizes de unhas contêm químicos tóxicos
De acordo com um estudo norte-americano, publicado nesta quarta-feira no periódico científico Environmental Science & Technology, a maioria dos vernizes de unhas contém químicos tóxicos para a saúde.
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É quase como se estivéssemos a jogar uma partida de xadrez. Muitas marcas substituem químicos descobertos como sendo nocivos por outros, que por sua vez são igualmente tóxicos”, explicou a coautora daquela pesquisa Anna Young, estudante de doutoramento na Universidade de Harvard, nos EUA, em declarações à revista TIME.
No inicio da década de 2000, a maioria das marcas de cosméticos que fabricavam vernizes de unhas começaram a rotular os seus produtos de ‘three-free’, ou seja, em português ‘livres dos três’.
Nomeadamente, tal significava que esses produtos estavam isentos de ftalato de dibutilo (um plastificante usado para intensificar a textura e função do verniz, mas que já foi associado ao aparecimento potencial de problemas reprodutivos e de desenvolvimento); de tolueno (um desregulador do sistema nervoso) e de formaldeído (um tipo de substância cancerígena).
Desde essa altura, inúmeras marcas eliminaram então esses três químicos tão comummente utilizados. Posteriormente, foram ainda excluídos outros elementos denominados como tóxicos e grande parte das marcas de cosmética hoje em dia auto intitulam-se, nos rótulos usados nos seus produtos de manicure, de ‘livres dos 15’ - ou seja de 15 substâncias consideradas molestas.
Ainda assim, a Agência de Regulação de Alimentos e de Medicamentos (FDA), afirma que no lugar desses químicos nocivos foram adicionados outros igualmente ou mais tóxicos.
De modo a testar essa premissa, Young e os seus colegas compraram e testaram os conteúdos de mais de 40 vernizes de unhas, de 12 marcas diferentes. Todas estas se auto caraterizam de ‘livres dos 15’. Apesar do estudo não ter descriminado e divulgado os nomes das marcas em questão, os autores aperceberam-se que 90% dos produtos incluíam ainda assim químicos detrimentais para a saúde.
“O que apurámos é que de um modo ou de outro a maioria dos vernizes contêm substâncias prejudiciais para a saúde e que quando uma dessas substâncias é identificada e substituída a tendência é incluir um outro químico semelhante”, alerta a investigadora.
Segundo Young, o próximo passo da pesquisa terá o intuito de entender qual é o impacto real do uso de verniz de unhas sobretudo no sistema imunitário das mulheres.
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