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O primeiro passo é deixar de fumar, mas não chega...

“Saúde respiratória precisa de ser reabilitada”.

O primeiro passo é deixar de fumar, mas não chega...

O alerta é do coordenador do Programa de Reabilitação Respiratória do AIR Care Centre®, António Carvalheira, que no Dia Europeu do Ex-Fumador, que se assinala hoje a 26 de setembro, alerta para o impacto negativo do tabagismo e reforça a importância de os ex-fumadores sintomáticos fazerem Reabilitação Respiratória.

Sabe-se que 85% dos casos de cancro do pulmão e 90% dos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) se devem ao tabagismo. Deixar de fumar é caminhar no sentido de uma vida melhor e mais longa, mas não chega. Mesmo anos depois de apagar o último cigarro, os efeitos do tabaco ficam nos pulmões e é preciso avaliar o impacto, que esse hábito influiu na função pulmonar e tomar as medidas adequadas para que eventual doença associada ao tabagismo não evolua.

Um em cada cinco portugueses maiores de 15 anos fuma e o consumo de tabaco é responsável por 10,6% das mortes. Segundo o relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo 2017”, apresentado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), morreu uma pessoa a cada 50 minutos, em Portugal, por doenças atribuíveis ao tabaco. O tabaco foi responsável por 46,4% das mortes por DPOC, 19,5% das mortes por cancro, 12% das mortes por infeções respiratórias do trato inferior, 5,7% das mortes por doenças cérebro-cardiovasculares e 2,4% das mortes por diabetes.

“O fumador ou ex-fumador é um doente, mesmo que ainda não tenha o diagnóstico”, alerta António Carvalheira, médico pneumologista coordenador do Programa de Reabilitação Respiratória do AIR Care Centre®, único centro em Portugal exclusivamente dedicado à reabilitação de doentes respiratórios. “Deixar de fumar é um passo muito importante, mas não chega. A saúde respiratória precisa de ser reabilitada”, destaca.

Nesse sentido, o especialista aconselha “todos os fumadores e ex-fumadores a fazer uma Tomografia Computadorizada (TAC) do tórax para avaliar possíveis alterações estruturais nos pulmões e exames para analisar eventuais alterações da função respiratória, como a espirometria ou a pletismografia”. Quando há alterações nestes parâmetros e o ex-fumador tem sintomas como tosse, expetoração e dispneia (falta de ar) “é totalmente recomendado, para além das medidas profiláticas e terapêuticas, a  Reabilitação Respiratória”, sublinha.

O especialista em pneumologia lamenta que em Portugal menos de 2% dos doentes com DPOC tenham acesso à Reabilitação Respiratória, quando este tratamento é obrigatório em 100% dos casos de DPOC sintomáticos, segundo as normas de boas práticas internacionais.

Assente em três pilares fundamentais - controlo clínico, educação e exercício físico – a Reabilitação Respiratória traz benefícios como: a redução dos sintomas de dispneia (falta de ar) e fadiga; a melhoria da capacidade física, para melhor realizar as tarefas do dia a dia; a redução do número de exacerbações e/ou da sua gravidade; a redução das idas ao serviço de urgência, bem como de hospitalizações e até duração das mesmas; a melhoria da qualidade de vida relacionada com a saúde; a melhoria da função emocional; e uma maior capacitação para gerir com maior eficácia a sua doença crónica.

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