Nas matérias-primas de origem animal (a negar), deve-se incluir a seda?
Há designers a recusar o uso de pelos nas suas peças, grandes eventos (como a Semana da Moda de Londres) a impor-se contra o uso de material de origem animal e grandes marcas que seguem a tendência.
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Lifestyle Sustentabilidade
Na temática de uma moda mais consciente e sustentável, um aspeto que chamou grande atenção foi o da lã mohair que, após terem sido divulgados vídeos que mostraram as formas como as ovelhas eram tratadas, diversas marcas assumiram o compromisso de não usar mais este material nas suas peças – Zara, H&M, Gap foram algumas destas marcas, a que se juntou a Asos.
Agora, avança o Fashion Network que a marca britânica de venda online assumiu deixar de usar por completo materiais de origem animal. Além dos mais comuns como o couro ou cabedal, destaca-se a seda, que levanta questões por ser um caso bastante diferente do de outros animais.
Se no caso das abelhas, por exemplo, retirar o mel não prejudica o animal, sendo usado por vegetarianos (mas não por vegans), no caso dos bichos da seda é diferentes, uma vez que neste segundo caso os animais morrem quando produzem seda. Isto porque, para os produtores deste tipo de tecido, o que importa é que o casulo de seda seja mantido intacto, o que obriga a que o animal seja retirado de lá de dentro antes da altura suposta, na qual iria quebrar o casulo deixando-o inválido para a produção do fio de seda com que posteriormente se fará o tecido.
Comummente, o processo usado para se aproveitar o fio da seda passa por colocar os casulos em água a ferver. Um processo que a Peta garante que faz os bichos da seda sofrer, pois embora o inseto não o demonstre de forma a que os seres humanos o entendam, é possível verificar-se a produção de endorfinas como resposta à dor. Ainda que esta não seja uma teoria comprovada no caso dos bichos da seda, a suposição é suficiente para que a Peta use o argumento como válido.
Como alternativas à seda animal, diz o Fashion Network, é possível usar-se viscose, a “primeira fibra feita pelo homem”, que deriva de polpa de madeira. Contudo, esta alternativa ‘peca’ pelos altos níveis de toxicidade que a sua produção liberta. Do mesmo modo, o poliéster é uma fibra de plástico, o que por si só torna-o numa opção a evitar por quem segue uma atitude mais sustentável.
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