A iniciativa, que vai na 2.ª edição e se prolonga até sábado, é promovida pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA) e decorre no Páteo de São Miguel, espaço patrimonial localizado na acrópole da cidade e onde a instituição tem a sua sede.
Segundo a FEA, na edição deste ano do evento marcam presença "cerca de 50 expositores", que vão mostrar os seus "produtos de autor, originais e criativos", em áreas tão variadas como a moda, joalharia, tecelagem, decoração, arte, design, cerâmica e 'gourmet'.
O conceito de 'street food' é outro dos "ingredientes" da iniciativa. A Praça da Restauração está preenchida por "projetos arrojados e criativos", cujas propostas gastronómicas vão poder ser acompanhadas com o vinho da Adega Cartuxa, da FEA, indicou a organização.
Os expositores das várias vertentes são oriundos "de todo o país, com destaque para o Porto, Lisboa e Algarve", assim como do Alentejo, nomeadamente de Évora, "representado por cerca de 15 projetos", adiantou à agência Lusa fonte da FEA.
Neste mercado urbano, com entradas gratuitas e que abre às 17:00 de hoje, frisou a organização, os visitantes podem "contactar com criativos e artistas" e "adquirir os seus produtos, bem como aprender como essas peças únicas e originais se fazem", em oficinas conduzidas pelos próprios autores.
O programa do evento, além da exposição e venda de produtos, da gastronomia de 'street food' e das oficinas, inclui também concertos e animação de rua.
O cartaz musical começa, na abertura oficial do mercado, com a atuação dos Swing Station, cujo espetáculo é "um convite para regressar aos loucos anos 20, cuja revolução nos modos de estar, na moda e na sociabilidade criaram oportunidades infindáveis à criatividade e à inovação".
Seguem-se, às 19:00, as sonoridades jazz dos Mazarin e, às 21:30, voltam a atuar Swing Station.
No sábado, o mercado abre às 11:00 e está programada uma "Ronda pelo Mercado", às 18:00, "embalada" pelo cante alentejano, atuando à noite o agrupamento Pedro Jóia Trio, "um dos mais conceituados projetos da música portuguesa".
O Évora Creative Market, segundo a fundação, é "um espaço aberto à divulgação de projetos e produtos inovadores que combinam os processos tradicionais" com "a criatividade e irreverência do universo urbano contemporâneo".
Neste "diálogo entre o antigo e o novo", pretende-se promover "pequenos criadores com ideias inovadoras e originais".
A iniciativa insere-se no projeto da FEA "Uma pausa para património", que visa criar ações de animação que favoreçam a fruição dos espaços urbanos, através da sua apropriação pela comunidade e pelos visitantes da cidade.
"Esta dinâmica contribui de forma positiva para a revitalização dos centros históricos, constituindo um fator estruturante das lógicas de regeneração urbana", referiu a fundação.
Localizado no centro histórico de Évora e "detentor de uma elevada carga simbólica", lembrou a FEA, o Páteo de São Miguel é "um espaço que, ao longo dos séculos, foi moldado por sucessivas ocupações e serviu de cenário a acontecimentos marcantes da história da cidade e do país".
