Que a afetação a nível cerebral é uma das consequências da obesidade, não é novidade, mas o motivo ainda não estava bem definido.
Num estudo publicado esta segunda-feira no Journal of Science, explica-se que, no cérebro de quem sofre de obesidade, quebram-se conexões entre células nervosas que são importantes para a aprendizagem e memória, refere o Science News.
Tais quebras devem-se à falta de ‘espinhas dendríticas’ que finalizam as células nervosas e são responsáveis pela conexão celular mas são destruídas pelas células do sistema imunitário que não consegue realizar a sua normal função num corpo obeso.
Tal conclusão – e sendo a obesidade um problema de tratamento demorado – é possível decidir que droga administrar para bem se proteger o cérebro, que passa pela anulação das células do sistema imunitário.
A análise foi feita em ratos de laboratório, cuja atividade cerebral é semelhante ao nível das sinapses neurológicas. Em 12 semanas de uma alimentação rica em gorduras, os ratos expostos a tais hábitos apresentaram uma afetação cerebral 40% superior quando comparada com ratos que seguiam uma alimentação mais controlada.