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A obsessão por videojogos nem sempre indica vício, mas há outro problema

Os números que servem de base a tal estudo surgem de casos de três cidades do País de Gales, mas o alerta serve a todos os casos em que se utilize tais apps.

A obsessão por videojogos nem sempre indica vício, mas há outro problema
Notícias ao Minuto

09:30 - 27/08/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Saúde Infantil

Sim, é possível que o constante uso de videojgoos leve ao vício, um problema reconhecimento este ano pela Organização Mundial de Saúde como problema de saúde mental.

Apesar disso, há que entender que nem todos os miúdos que passam horas por dia a jogar sofram deste mal e estes outros casos são igualmente merecedores de atenção por parte dos pais.

Em primeiro lugar importa entender o tempo que a criança passa a jogar e a prioridade que lhe dá: se joga em vez de estudar ou arrumar o quarto, então não há qualquer problema (qual é a criança que não procura atividades que as impeçam de arrumar o quarto?). Por outro lado, se há uma tendência a preferir jogar em vez de socializar com a família, brincar ao ar livre ou estar com os amigos, aí sim, os pais devem fazer por alterar a prática.

Se não é vício, porquê a ‘obsessão’ em jogar constantemente videojogos?

A constante prática de jogar é pois associada a necessidades psicológicas básicas, essenciais a qualquer ser humano, segundo os psicólogos Edward Deci e Richard Ryan: competição, autonomia e afinidade com familiares ou próximos.

Ora, é certo que tais necessidades não são conseguidas de forma saudável – e muito menos natural – através do Fortnite ou qualquer outro videojogo, contudo, muitos são os casos de crianças que, por considerarem ser difícil atingir tais necessidades básicas em ambientes como a escola ou entre amigos procuram-no, ainda que de forma inconsciente, nos jogos.

Este é um problema comum nas crianças de hoje em dia, e é por isso que as mesmas procuram competição nos videojogos, sentem-se autónomas quando tomam decisões próprias enquanto jogador e procuram afinidade noutros jogadores sendo que, em alguns casos, há chats que complementam o jogo e permitem alguma socialização – ainda que apenas sobre o próprio jogo – com outros indivíduos com interesses comuns.

Há benefícios em jogar

A questão aqui abordada foi analisada pelo The Next Web e surge numa altura em que muito se fala do jogo Fortnite que sim, pode ser jogado pelos miúdos, garantem especialistas que não associam a natureza do jogo a doenças mentais como vício.

De facto, um estudo avançado pela Universidade de Oxford aponta que há benefícios em jogar por cerca de uma hora por dia. Os investigadores que chegaram a tal conclusão apontam como benéfico o bem estar psicológico comprovado numa amostra juvenil, sendo que apenas da prática de três ou mais horas diárias se associam aspetos negativos.

Segundo este e outros estudos, a ajuda que os pais podem dar, sem ser proibir por completo os videojogos, passa por mostrar alguma vulnerabilidade de forma a que os mais novos sintam uma maior semelhança e empatia.

Jogar com os seus filhos pode também ser uma boa experiência: é ele quem o vai ensinar e deixar entrar naquele ‘mundo’, o que pode ser visto como uma boa forma de aproximação: depois de uma hora a jogar videojogos com os pais, talvez aceite melhor ir brincar à bola com os mesmos.

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