Não comer glúten, não comer carne, não comer hidratos de carbono ou não comer lacticínios. Muitas são as restrições alimentares que surgem de mãos dadas com a promessa de que é assim que se perde peso ou se consegue uma alimentação mais saudável.
Mas quando se chega ao extremismo ou não se sabe por que substituir aquilo que se eliminou da rotina alimentar, o resultado pode não ser o melhor, acabando numa alimentação que não satisfaz as necessidades do organismo do ser humano.
Do mesmo modo, quando a escolha é muita o indivíduo tem tendência a piores escolhas. É esta a principal conclusão de um estudo avançado pela Associação Americana do Coração. A tentativa de uma alimentação variada, que inclua todo o tipo de alimentos, pode não ir ao encontro do esperado - leia-se, um maior aporte calórico que leva ao aumento de peso e hábitos alimentares pouco saudáves.
Tal acontece, por exemplo, quando a tentativa de uma alimentação variada traduz-se num prato rico em mais do que um tipo de grãos ou proteína. Além disso, quem segue uma dieta mais variada tende a consumir mais alimentos processados ou açúcares refinados, segundo o referido estudo. Mas mesmo que os alimentos processados e menos saudáveis não sejam consumidos, uma alimentação muito variada associa-se a um maior aporte de calorias e aí a justificação é simples: quando maior a oferta, mais se come.
Então, que regra seguir?
Dizem os investigadores do referido estudo que uma alimentação variada deve sim ser seguida, mas com restrição. Ou seja, garant vários tipos de proteína, vegetais, fruta e hidratos na dispensa, mas na hora de preparar o prato, cinja-se a apenas um ou dois de cada tipo, conforme as necessidades do seu corpo