Obesidade aumenta “risco de morte por gripe” e de contágio
Uma nova pesquisa, observou que indivíduos obesos diagnosticados com gripe A permanecem infetados durante mais tempo – 42% mais - comparativamente a pacientes que apresentam um peso saudável e estejam contaminados com o mesmo vírus.
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Lifestyle Saúde pública
Quem tem peso a mais apresenta igualmente um risco mais elevado de morte por gripe e de ser portador do vírus durante um maior período de tempo. O que significa que estão mais propensos a contaminarem quem os rodeia, apurou o novo estudo norte-americano.
Os investigadores recolheram os dados médicos de 1,800 indivíduos na cidade de Managua, na Nicarágua, e apuraram que as pessoas obesas com gripe A permaneceram infetados 42% mais tempo.
Estes pacientes estavam ainda mais sujeitos a sofrerem complicações severas e a permanecer no hospital.
“Tratam-se das primeiras provas concretas que a obesidade impacta para além da severidade da doença”, disse a líder do estudo, a professora Aubree Gordon, da Universidade do Michigan.
“Pode também afetar a transmissão e o contágio”, acrescentou.
Gordon e a sua equipa analisaram os dados relativos a três temporadas gripais, entre 2015 e 2017.
Os indivíduos obesos que tinham contraído gripe, mas não mostravam quaisquer sintomas apresentavam ainda uma maior probabilidade de contágio, já que a infeção permaneceu nos seus organismos 104% mais tempo.
A obesidade pode alterar a resposta imunitária do corpo e provocar a incidência de inflamações crónicas, que por sua vez aumentam com a idade.
Torna ainda a respiração mais difícil e aumenta a necessidade de oxigénio.
Esses fatores poderão segundo os investigadores explicar como a obesidade afeta o risco destes indivíduos de contraírem gripe e a duração mais prolongada destas infeções.
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