Porém, a especialista alerta que é quase impossível definir concretamente o termo ‘micro-traição’ porque “a linha que define esses limites diverge de pessoa para pessoa, e depende de cada tipo de relacionamento”.
Virtualmente, qualquer atitude, como dar uma ‘olhadela’ pelo Tinder ou ter um flirt com um estranho pode ser considerada uma ‘micro-traição’, dependendo dos valores e das prioridades dos indivíduos. No entanto, Hoskins aponta que as transgressões mais frequentes das quais tem conhecimento, incluem trocar mensagens de texto pelo telemóvel ou nas redes sociais com um possível interesse amoroso, falar regularmente com um ex-parceiro ou tornar-se demasiado amigável com um colega de trabalho.
Mas será que a ‘micro-traição’ é um problema?
À partida tal poderá não constituir um problema, já que como o professor de comunicação Jason Dibble, no Hope College, refere manter um flirt com alguém para além do companheiro é na maioria das vezes algo inocente, e trata-se mais de uma questão de ego – de saber que outros ainda o acham atraente – do que uma tentativa de manter um envolvimento mais íntimo.
Contudo, a ‘micro-traição’ também pode ser perigosa… Dibble alerta que por exemplo uma série de conversas com um colega de trabalho podem passar rapidamente de uma atitude inofensiva para algo mais, intencionalmente ou não. Sublinhando que quando esse tipo de interações começam a ocupar tempo ou a provocar algum tipo de desgaste mental ou a retirar energia do relacionamento real, então sim algo mais sério poderá estar a acontecer.
O que devo fazer?
Hoskins alerta que a comunicação proativa com o parceiro amoroso é fundamental e necessária. A terapeuta recomenda ainda que os casais discutam logo no inicio da relação quais os limites que querem estabelecer para aquele relacionamento – sobre o que é aceitável e o que não é – tal poderá mais tarde evitar discussões e ressentimento entre os dois.
