Enfrentar fobias é melhor do que reprimi-las, revela um novo estudo
Uma nova pesquisa publicada no periódico Science, e partilhada pela revista Veja, sugere que recordar situações traumáticas pode ajudar a superá-las.
© iStock
Lifestyle Sem medos
Perante a lembrança de um momento aterrador, o que é melhor: evitar a memória ou confrontá-la? Os investigadores indicam agora que enfrentar acontecimentos traumáticos pode ser benéfico.
Um estudo inédito, realizado por cientistas franceses da Escola Politécnica Federal de Lausana, revela que, em 29% dos casos, a lembrança de um dano físico ou psicológico grave permanece até o fim da vida.
É sabido que os casos mais extremos, como de stress pós-traumático, podem prejudicar radicalmente a vida dos afligidos – impedindo por exemplo a socialização, desenvolvimento de relacionamentos amorosos ou dificultando a manutenção de um emprego regular, o que por sua vez pode aumentar ainda mais o padrão e o nível de problemas psicológicos.
Através da análise do funcionamento dos neurónios e do comportamento de roedores, os académicos descobriram que o chamado ‘medo remoto’ - isto é, ativado mesmo longe da situação de perigo, como ter estado numa guerra ou sofrido um acidente – é tanto mais atenuado quanto mais os neurónios ligados aquele sentimento negativo forem reativados.
Por outras palavras, quanto mais alguém se habitua a recordar de uma situação que causa medo, menor será a sensação de medo com o passar do tempo. Como tal, e de acordo com os investigadores, a opressão de um trauma não é útil para aqueles que o querem ultrapassar.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com