Como a maioria dos incidentes não são divulgados, trata-se de uma lesão que muitas vezes passa despercebida, afirma Mariano Rosselló, urologista, andrologista e diretor médico do Instituto de Medicina Sexual, em Espanha.
De acordo com a investigação realizada pela publicação BBC News, embora seja conhecida por esse nome, na verdade não se trata de uma fratura propriamente dita, já que o pénis não tem ossos.
O que ocorre é a rutura da túnica albugínea, uma capa grossa que envolve as estruturas internas do pénis e permite a sua ereção.
"A fratura acontece quando ele está completamente ereto, e produz um som que se assemelha ao ruído de um osso que se parte", explica Rosselló.
Posição sexual perigosa!
Estima-se que entre 30% e 50% dos casos ocorram durante a prática de relações sexuais extremamente intensas.
Segundo o médico, o caso típico da fratura acontece quando a mulher está em cima do homem durante a relação sexual e o pénis sai da cavidade vaginal: ao tentar penetrar novamente, choca com a anca da parceira, fazendo com que se dobre de maneira brusca e forçada.
Apesar de por vezes a sensação de dor não ser imediata, pelo barulho é possível perceber se houve um rompimento da túnica albugínea.
De acordo com os especialistas, o peso e o controle da mulher sobre o pénis ereto nessa posição torna mais difícil para o homem poder reagir com rapidez perante uma sensação doloroso.
Em posições alternativas, nas quais o homem fica por cima da mulher ou atrás, o risco deste tipo de fratura diminui significativamente.
O que fazer?
"Entre os sintomas característicos desse tipo de lesão estão o ruído que acontece no momento da fratura, acompanhado por uma dor intensa, inchaço e deformidade do membro, assim como a presença de um hematoma interno e externo", alerta Rosselló.
Também é comum o pénis ficar dobrado na direção da área da fratura.
O tratamento inicial consiste em colocar gelo na região e utilizar analgésicos e anti-inflamatórios. Todavia, a maioria dos pacientes acaba por ter de ser submetido a uma cirurgia para reparar a rutura na túnica albugínea.
Entre os riscos mais graves, estão a deformidade permanente do pénis, ocorrência de curvaturas com a ereção, dor nas relações sexuais e impotência.