Medicação usada em células cancerígenas pode retardar envelhecimento
Envelhecer é natural... mas se muitas são as investigações e experiências que contrariam a natureza, esta é uma delas.
© istock
Lifestyle Estudo
O número de células responsáveis pelo envelhecimento é diretamente proporcional ao número de sintomas de envelhecimento. Esta é a noção científica que serve de base ao trabalho de investigação publicado na Nature Medicine que se focou em tentar eliminar parte de tais células, dando lugar a células mais jovens que se desenvolveriam e substituiriam as primeiras.
O propósito foi conseguido graças à injeção de células que haviam sido preparadas com dasatinibe, uma droga comummente utilizada para tratar doentes com cancro e que foi conjugada com quercetina, flavonoide presente em brócolos e chá verde, com efeito antioxidantes que travam as lesões causadas em tecidos pelas células de envelhecimento.
Ora, tal sucesso faz sentido uma vez que as células de envelhecimento são semelhantes às cancerígenas, com a singularidade de que não se dividem, logo, esperava-se que a medicação também desarmasse as células que atuam contra o próprio sistema imunitário.
Mas apesar do sucesso em ratos de laboratório, os autores do estudo receiam que o mesmo não aconteça em seres humanos. Além disso, caso se verifique o sucesso, “as pessoas não podem comprar esta medicação livremente e usá-la para retardar o envelhecimento em qualquer situação”, alertam. “Temos de ter cuidado e limitar o tratamento a caso de indivíduos com sérias condições relacionadas com o envelhecimento celular”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com