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A tecelagem do tempo dos nossos avós viajou no tempo e fez nascer a POLPA

Faz agora um ano que a POLPA nasceu. A marca nacional que mora em Guimarães já marca presença em Lisboa e tem feito por tentar ir também além fronteiras, onde quer ganhar terreno. O objetivo é internacionalizar esta técnica artesanal.

A tecelagem do tempo dos nossos avós viajou no tempo e fez nascer a POLPA
Notícias ao Minuto

10:15 - 05/07/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Marca portuguesa

Foi entre teares manuais, daqueles feitos com pregos sobre uma estrutura, que Catarina cresceu, tendo aprendido desde cedo com a avó técnicas antigas como a de crochet ou tecelagem. O gosto nasceu ali e não tardou a que das experiências de costura resultasse a transformação dos “desperdícios lá de casa” em peças para vender online.

A Catarina juntou-se a prima, Carolina, que mostrou as peças a Mariana. As três compunham, assim, a equipa fundadora da POLPA. “Sempre tivemos muita vontade em criar uma marca que espalhasse a nossa personalidade e aquilo em que acreditamos. Começámos a reunir ideias e a definir qual o caminho que queríamos seguir neste projeto”, conta-nos Carolina Roque Rodrigues. Foi em junho de 2017 que tal aconteceu. A 29 de setembro, a loja POLPA estava online.

Hoje, a equipa de produção da Polpa é composta por seis pessoas e todos ajudam no que for preciso no atelier. Para já, o grupo é suficiente para garantir a produção desta marca que é definida como um “projeto slow-fashion que aposta em roupa que dure, na reciclagem e num modelo de consumo mais ético e responsável” que se opõe às peças que saem ‘caras’ ao ambiente.

As malas são a peça chave da POLPA. Esta foi, aliás, a primeira peça criada por Catarina, que admite ter sido um sucesso. “Foi uma clutch feita de uma tecelagem vinda de um tear de pregos manual com mais de 40 anos”, lembra. Em cores vivas e modelos clássicos mas modernos, cada mala é exclusiva, feita em teares 100% manuais e máquinas de costura dos anos 70.

Notícias ao Minuto© Polpa

Dos acessórios de moda, a marca artesanal estendeu-se a peças de decoração como almofadas ou puffs que seguem as mesmas técnicas vintage. “A nossa imagem de marca é a nossa característica de tecelagem, cheia de materiais e de texturas diferentes, e queremos que essa tecelagem esteja sempre presente nos nossos produtos com maior ou menor destaque”, conta Carolina ao Notícias ao Minuto.

Esta técnica ancestral é trabalhada num atelier em Guimarães que se espera que venha a ser aberto ao público, como forma de dar a oportunidade a qualquer cliente de comprar os produtos, “mas também de acompanhar e apreciar todos os processos demorados por onde passa uma Polpa”. Em jeito de partilha, Carolina conta que a loja POLPA dos sonhos das fundadoras: “é uma casa bem velhinha no centro histórico de Guimarães, onde possa funcionar o nosso atelier e showroom ou loja”.

A loja POLPA de sonho "é uma casa bem velhinha no centro histórico de Guimarães, onde possa funcionar o nosso atelier e showroom"

Por enquanto, a marca está presente em dois espaços físicos: a Nossa Concept, em Lisboa, e a Viela Concept Store, em Guimarães, além da loja online que é porta para que a POLPA marque presença ‘lá fora’, algo que já aconteceu: “Ao mercado nacional já acrescentámos vendas para Espanha e Brasil”, dizem-nos, adiantando que em breve pretendem exportar os seus produtos, já que um dos maiores objetivos da marca é internacionalizar-se.

A loja online é por isso um benefício enorme, uma vez que é uma ‘montra’ a nível mundial e que já conta com um balanço bastante positivo para Catarina. “Vermos o nosso sonho tornar-se realidade e os nossos produtos serem apreciados e cobiçados é muito recompensador”.

Notícias ao MinutoColeção SS18© Polpa

Seja nas lojas físicas, no espaço online ou no futuro atelier/showroom com que sonham, em comum terão sempre o conceito de slow-fashion assim como a vontade de que a marca cresça de forma transparente e amiga do ambiente. “Iremos ter sempre em atenção a questão ecológica com o objetivo de minimizar impactos ambientais”, garante Carolina, que esclarece que toda a produção da POLPA é sustentável: “Tanto os tecidos como os restantes materiais que usamos na produção vêm de fornecedores portugueses. Além dos tecidos, fazemos uma seleção bastante cuidada de materiais e acabamentos para os nossos produtos. Usamos peles genuínas, sedas selvagens, lãs e linhos”.

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