Psicólogos aconselham: Pare de tentar encontrar a sua paixão
Há algo bem mais proveitoso que deve, por sua vez, fazer.
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Encontrar o interesse de uma vida não é tarefa fácil. Poucos são os que encontram este amor à ‘primeira vista’ mas o cliché de encontrar a sua paixão inquieta muitos, que sentem a pressão de se identificar algo que os preencha por si só.
Contudo, muitos são os psicólogos que apontam este cliché como um muito mau conselho. Os interesses mudam e por isso o que lhe dava prazer há dez anos pode ser algo com que já não se identifique hoje.
Para provar esta visão que contraria o conselho (bem intencionado mas) incorreto, um grupo de psicólogos comparou os interesses de vários estudantes para perceber quais eram fixos e quais eram evolutivos concluindo que aqueles que apontaram os seus interesses como permanentes, perdiam a vontade em ler artigos ou ver filmes sobre o tema quando eram excessivamente expostos ao mesmo.
A noção de interesses permutativos é pois mais benéfica por abrir os horizontes, principalmente aos jovens que estão na fase de se ‘descobrir’ e assim não se limitam a uma só temática, mas exploram várias. “Muitos avanços na ciência e negócios acontecem quando se juntam diferentes áreas num mesmo projeto, quando as pessoas relacionam áreas que talvez não conseguissem ver antes”, explica o psicólogo Gregory Walton.
Ou seja, se se cinge a uma só área, perde a oportunidade de explorar outras além de ficar tão focado em encontrar aquilo em que se identifique, a sua paixão, que se priva de outras áreas.
Assim, o conselho passa por acreditar que é possível ter-se vários e distintos interesses e que deve experimentar o máximo que conseguir. Desta forma, ganha-se a capacidade de investir em projetos mesmo que pareçam difíceis ou desafiantes. Se mantiver a ideia de ‘uma paixão para a vida toda’, perante um desafio mais facilmente desistia, em busca de outro interesse em que investir o seu tempo.
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