Cancro do reto: Apresentada hipótese de tratamento que dispensa cirurgia
As probabilidades associadas ao novo tratamento são bastante otimistas. Apontam uma taxa de sucesso de 93% no espaço de três anos.
© iStock
Lifestyle Oncologia
Há uma nova possibilidade de tratamento para os pacientes de cancro do reto que dispensa cirurgia.
Mas a promissora hipótese, apresentada na revista britânica Lancet, não é indicada a todos os doentes. Só é aconselhável a uma parcela destes doentes oncológicos cuja parte do intestino que seria removida por cirurgia não apresente tumor residual.
A taxa de sobrevivência para os pacientes sujeitos a este tratamento é ligeiramente superior aos que são expostos a cirurgia: 93% para 90%.
Comum a todos os casos é a quimioterapia e radioterapia.
No entanto, até aqui, a cirurgia era procedimento aplicado mesmo antes de se despistar a presença de tumor na zona supostamente afetada. Ora, este estudo vem defender que há casos em que a primeira fase de tratamento pode ser suficiente.
Tal hipótese foi apontada ainda na década de 90, mas bastante criticada na altura. Agora, a investigação publicada esta semana, apresenta os dados da verificação de tal hipótese: ao alterar o processo de administração da quimioterapia, assumindo-o como tratamento único, os doentes passaram a responder melhor, descartando a necessidade de cirurgia.
Com os novos dados, que comprovam um aumento de 25% no sucesso do tratamento por quimioterapia, estes doentes oncológicos evitam passar pela agressiva cirurgia que resulta na colostomia definitiva, que pressupõe o uso de uma bolsa externa ao corpo. Assim, o método mais radical passará a ficar circunscrito àqueles doentes que não conseguem eliminar por completo o tumor com a primeira fase de tratamento.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com