Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 15º MÁX 23º

Cientistas descobrem poder obscuro e cicatrizante do abacaxi

A associação de uma proteína do abacaxi com celulose produzida a partir de bactérias resultou na produção de um curativo tão eficiente como um anti-inflamatório cicatrizante de ferimentos, queimaduras e ulcerações.

Cientistas descobrem poder obscuro e cicatrizante do abacaxi
Notícias ao Minuto

12:00 - 29/06/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Super-herói?

Um grupo de investigadores das universidades brasileiras de Sorocaba (Uniso) e Unicamp, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), terá feito a descoberta surpreendente de acordo com a BBC News.

Os cientistas produziram um composto na forma de gel ou emplastro que tem como base a proteína do abacaxi, chamada de bromelina, e a celulose bacteriana - dois elementos que já estavam a algum tempo a ser estudados para aplicações nas áreas médica, farmacêutica e cosmética.

A bromelina, nomeadamente, tem a capacidade de quebrar moléculas de outras proteínas - o chamado desbridamento celular - e, por isso, é usada até para amaciar carne.

"Essa mesma característica faz com que remova as células mortas na ferida, limpando-a e acelerando a sua cicatrização", explica Janaína Artem Ataide, da Unicamp, autora principal do artigo publicado no periódico Scientific Reports.

A celulose é o biopolímero mais abundante da natureza, produzido principalmente por plantas. Mas também existem alguns microrganismos, como a bactéria Gluconacetobacter xylinus, capazes de a sintetizar.

"Essa bactéria é uma biofábrica", explica a investigadora Angela Faustino Jozala, do Laboratório de Microbiologia Industrial e Processos Fermentativos da Uniso. "Produz a celulose como se tricotasse polímeros de glicose (açúcar). Como o produto é tecido em nanoestruturas (um nanómetro equivale a um milionésimo de milímetro ou um bilionésimo de metro) o que chamamos de nanocelulose. Sendo biocompatível".

Por isso já começou a ser utilizada em diversas intervenções e aplicações médicas, como, por exemplo, em enxertos e em substitutos temporários de pele ou curativos no tratamento de lesões.

O novo curativo já passou pela primeira fase de desenvolvimento para a produção de um medicamento. Realizado em laboratório, de modo a verificar se tem o efeito desejado e não é tóxico.

Os investigadores pretendem agora prosseguir a investigação através da realização de testes com animais.

Recomendados para si

;

Receba dicas para uma vida melhor!

Moda e Beleza, Férias, Viagens, Hotéis e Restaurantes, Emprego, Espiritualidade, Relações e Sexo, Saúde e Perda de Peso

Obrigado por ter ativado as notificações de Lifestyle ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório