Alimentos à base de soja: Sim ou não?

Será que devemos ter em atenção as quantidades que consumimos destes alimentos?

Alimentos à base de soja: Sim ou não?

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Liliana Lopes Monteiro
03/06/2018 08:02 ‧ 03/06/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Mitos

Existem inúmeros mitos quando se fala em consumir alimentos feitos à base de soja. Se muitos indivíduos acreditam que para se manter um estilo de vida saudável se deve aderir a uma dieta de base vegetal, outros crêem que a soja faz mal e que pode até ser tóxica.

Desde o leite de soja, aos iogurtes ou ao tofu, os alimentos à base deste ingrediente já não são um exclusivo dos regimes alimentares asiáticos e encontram-se em qualquer supermercado no mundo.

Para ajudar a clarificar a questão, a nutricionista do hospital de topo londrino, Harley Street Clinic, Rhiannon Lambert, esclareceu em declarações à publicação The Independent, alguns dos mitos que envolvem a soja.

A primeira coisa a saber é que se trata de uma ótima fonte de proteína: “As sementes de soja são aquilo que chamamos de fonte de proteína completa”, explica a médica.

“Contrariamente, à maioria das proteínas vegetais, contém todos os aminoácidos essenciais que só podemos ingerir através da alimentação, já que o corpo humano não os produz. Um copo de sementes de soja cozidas tem cerca de 22 gramas de proteína, quase tanto como um bife!”, acrescenta.

Lambert abordou ainda o mito que refere que os homens não devem comer soja, porque alegadamente provoca o aumento das mamas nos elementos do sexo masculino.

“Não é de todo verdade: a soja não contém estrogénio e existem zero provas que o seu consumo perturbe o desenvolvimento sexual ou reduza os níveis de testosterona masculinos”, diz a especialista.

Ao invés, os rebentos de soja contém fitoestrogénios, que são reconhecidos por bloquearem os efeitos secundários que advém do excesso de estrogénio no corpo e que ajudam a reabalançar os índices de progesterona.

Um outro rumor que envolve a soja, refere-se a ser um potencial fator que potencia o aparecimento do cancro. “Essa confusão advém do facto da soja conter elementos que mimicam a presença de estrogénio no corpo – e alguns cancros crescem na presença de estrogénio”, explica Lambert.

“Todavia, na Ásia oriental, local onde a soja é mais consumida, comparativamente a qualquer outra parte do mundo, são diagnosticados menos casos de cancro da mama e da próstata, e os indivíduos sofrem também de menos doenças cardíacas, e de osteoporose, relativamente à maioria dos outros países”, alerta.

Resumindo, Lambert acredita que não deve obrigar-se a si próprio a incluir produtos de soja na sua dieta, caso não goste do sabor, e que não deve de todo preocupar-se com isso se for esse o caso.

Porém se apreciar a textura e o gosto, não se acanhe. “Regra geral são produtos económicos, nutritivos, e deliciosos que ajudam a reduzir o consumo de proteína animal – o que faz bem ao ambiente e contribui para a sustentabilidade do planeta”, recomenda Lambert.

 

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