Nova teoria prevê possibilidade de recuperar memórias perdidas
O estudo focou-se na transferência de pensamentos entre animais de laboratório, nomeadamente caracóis.
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Lifestyle Neurologia
O estudo apresentado por um grupo de neurologistas, a semana passada, vem por em causa as anteriores teorias sobre o funcionamento do cérebro, nomeadamente o local onde são alojadas as memórias.
Embora promissor, o estudo agora apresentado é ainda muito prematuro. “Estamos na fase de aprendizagem do alfabeto sobre como a memória é alojada” aponta Todd Sacktor, um dos autores da pesquisa, especializado em memória. É necessária uma análise mais profunda, em cérebros mais complexo, já que até então os estudos foram apenas feitos em caracóis, considerados um modelo de organismo bastante válido para análises neurológicas mas ainda assim, diferente da realidade da espécie humana.
Ainda assim, a descoberta abre novas portas à possibilidade de recuperar memórias perdidas pelo ser humano que se sugere agora serem armazenadas através de alterações na ‘força’ das conexões entre neurónios, um aspeto que define como ‘memória RNA’.
Por ser uma teoria bastante diferente do estudado até então, o trabalho não tem sido aceite por alguns colegas do autor da referida investigação. “Demorei bastante tempo até conseguir convencer o pessoal do meu laboratório a avançar com a experiência” refere Glanzman.
O especialista pertence a um pequeno grupo de neurocientistas – chamados de rebeldes, por alguns – que questionam a ideia de que a memória é alojada através de força sináptica, ou seja, entre terminações nervosas e neurónios.
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