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"Cerca de 40% dos portugueses são hipertensos, e a tendência é aumentar"

A propósito do dia Mundial da Hipertensão, que hoje se assinala, o Notícias ao Minuto falou com um médico especialista sobre o tema para perceber porque é que este é um problema que tende a manter-se tão presente e como o podemos evitar.

"Cerca de 40% dos portugueses são hipertensos, e a tendência é aumentar"
Notícias ao Minuto

12:30 - 17/05/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Hipertensão

A tensão arterial elevada é associada a um estilo de vida sedentário e a uma alimentação pouco cuidada. Uma realidade confirmada por Marco Costa, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, que especifica que “o elevado consumo de sal, a vida sedentária, o consumo de gorduras de proveniência animal e o exagero no consumo de açucares são erros graves que são frequentes nos países ocidentais, de mais elevado nível de vida”.

Mas a par desta realidade, há também casos em que outros fatores também desencadeiam o problema como “a predisposição hereditária que deve ser equacionada aquando da avaliação de um doente hipertenso”, acrescenta o especialista. Neste último caso, em que se verifica hipertensão na ausência de comportamentos de risco, a solução terá de advir de medicação. Já no caso de um estilo de vida pouco saudável, mesmo que a medicação seja necessária, o primeiro – e crucial – passo a tomar é a implementação de um estilo de vida mais adequado.

Problemas hereditários à parte, os maus hábitos diários são de facto o que mais desencadeia a atual realidade de hipertensão que se vive e cujos dados são alarmantes. Diz Marco Costa, que é também cardiologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que a prevalência da hipertensão arterial em Portugal é de cerca de 40%. “As estimativas indicam ainda que nos próximos 20 anos a tendência é de crescimento, principalmente nos países de mais elevado nível de vida”.

Os maus hábitos diários são o que mais desencadeia a atual realidade de hipertensão, cujos dados são alarmantesPor falta de conhecimento do problema, muitos desconhecem que simples atos como a redução de apenas 3g de sal por dia bem como a prática regular de exercício físico teria um impacto na redução de risco em até 10%. 

Nos casos em que a prevenção deste risco já vem tarde, questionámos qual o tratamento mais indicado, ao que Marco Costa apontou a necessidade de readaptar todos os hábitos, não só de prática de exercício e alimentação equilibrada, mas também alteração de eventuais medicamentos que possam estar a contribuir para o problema – um risco que pode até advir da pílula, no caso de jovens mulheres predispostas à hipertensão.

A par destes cuidados, e “na grande maioria dos casos, será necessária a instituição de medicação, mas caso o doente não cumpra as medidas relativas ao estilo de vida, a mesma não será tão eficaz e o doente terá que tomar um maior número de fármacos”, alerta o cardiologista que não deixa de referir que há raros casos de hipertensão ‘resistente’, que obriga a tratamentos alternativos de pequenas cirurgias. 

Por parte da medicina, novas técnicas estão a ser investigadas, nomeadamente o tratamento por desnervação simpática renal, que permite reduzir o excesso de atividade dos nervos e evita a necessidade de implante permanente. A par destas investigações, a consciencialização para o problema, e para o ‘poder’ que um estilo de vida saudável tem contra a doença é constantemente referida junto da população, a quem os especialistas fazem por chegar aproveitando datas como a de hoje.

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