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Parece que afinal temos olhos na parte de trás da nuca (sim, leu bem)

Vemos muito mais do que aquilo nos apercebemos...

Parece que afinal temos olhos na parte de trás da nuca (sim, leu bem)

A ciência pode agora confirmar que aquele professor que tinha no 5ºano – ‘aquele’ que o estava sempre a apanhar a fazer disparates – tinha de facto olhos na parte de trás da nuca. Ou quase, vá.

Apesar de ainda não terem sido descobertas qualidades mutantes nos humanos, um novo estudo demonstra que os nossos cérebros conseguem lidar harmoniosa e constantemente com informação visual suficiente capaz de facultar uma perceção de 360 graus.

Pesquisas realizadas por engenheiros da Universidade de Tohoku, no Japão, testaram recentemente a questão sobre a quantidade de informação que conseguimos visualmente apreender, de forma a construímos um mapa mental do ambiente que nos rodeia.

É deveras óbvio que o nosso cérebro já faz um trabalho incrível, tendo em conta as limitações relativas às ferramentas que dispõe para trabalhar.

Pense no quão ridículo é à partida o olho humano. A evolução fez com que as células fotorecetoras que constituem a retina dos animais vertebrados, incluindo do ser humano, apontem ao contrário. Veja a questão deste modo: se o interior dos seus olhos fosse um cinema, existiriam cabos pendurados à sua frente. Basicamente iria pedir o seu dinheiro de volta.

É verdade que os olhos nos dão uma perceção 3D, que por sua vez nos faculta um sentido detalhado de profundidade, mas em contrapartida temos um campo de visão limitado.

Acrescente-se a isso o facto das células responsáveis por reunirem a maioria da informação sobre a qual nos focamos, a qualquer momento, serem apenas um pouco maiores do que esta virgula, - está a ver com o que estamos a lidar?

Porém, para nos ajudar a navegar pelo mundo, o olho humano usa como recurso de sobrevivência alguns truques determinantes, como apontam aqueles investigadores japoneses.

“Estamos interessados no processo visual, que é sobretudo utilizado para controlar as ações de forma direta, sem um esforço consciente, comparativamente à representação conceptual”, escreveram no artigo divulgado na publicação Scientific Reports.

Para estudarem esta parte do processo, os engenheiros reuniram numa sala seis monitores LCD de modo a criarem um cinema privado de 360 graus, e pediram a voluntários daquela universidade para permanecerem naquele espaço.

Seguidamente, cada ecrã mostrou um layout ou configuração das letras T e L em seis posições aleatórias, cada qual alternava de forma a tornar o processo ainda mais confuso.

Os investigadores repetiram metade das configurações em cada teste, enquanto que a outra metade apresentava letras que tinham sido novamente baralhadas.

Era crucial para a validade da experiência que os voluntários não soubessem deste processo, e como tal foi-lhes apenas pedido que procurassem por um T ou um L especifico em cada ecrã, durante testes sucessivos.

Era expectável que as configurações repetidas fornecessem aquilo que é chamado de ‘efeito contextual automático’, que iria gradualmente ajudá-los a detetar os seus alvos, e assim foi.

Variações da experiência foram conduzidas com um máximo de 29 voluntários, dando aos especialistas um banco de amostras que poderiam analisar para determinar como os nossos cérebros constroem um modelo visual daquilo que nos rodeia.

Os resultados demonstraram que desenvolvemos rapidamente um sentido detalhado daquilo que se encontra atrás de nós, fornecendo um modelo constante de 360 graus do ambiente ao nosso redor.

Sendo assim parece que Alastor Moody, a personagem dos livros do Harry Potter, não precisava do seu olho mágico. Afinal o cérebro de Moody já controlava o que se passava nas suas costas. Assim como você provavelmente já sabe o que está atrás de si... verdade?

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