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"Hoje é dia de levar cravos ao cemitério"

Sónia Tavares revela 'tradição' da tia no dia da liberdade.

"Hoje é dia de levar cravos ao cemitério"
Notícias ao Minuto

15:45 - 25/04/18 por Notícias Ao Minuto

Fama Sónia Tavares

Celebra-se esta quarta-feira o 44.º aniversário do 25 de Abril, o dia em que os cravos vermelhos foram a imagem do fim da ditadura e o início da liberdade numa revolução que decorreu em 1974.

As redes sociais têm sido o meio usado por muitos internautas, incluindo figuras públicas, para assinalar este dia importante para Portugal.

Sónia Tavares foi uma das caras conhecidas que usou o Instagram para celebrar o 25 de Abril, falando sobre a 'tradição' da tia.

Hoje é dia de levar cravos ao cemitério. Pelo menos, era assim que a minha tia fazia, ano após ano, no dia 25 de abril. Levava cravos à Hortense, minha avó e, ao meu avô Pascoal, que mesmo não sendo seu pai biológico e uma autêntica besta para ambas, lutou como um cão de fila contra o fascismo”, começou por escrever a artista na sua conta do Instagram, onde explicou logo de seguida quem era o avô Pascoal.

“Era jogador de futebol no Sporting dos marrazes e vidreiro de profissão. Pertenceu à classe operária dos vidreiros da Marinha Grande e mais tarde, foi mestre vidreiro na grande fábrica de cristal de Alcobaça, que deu emprego a uma vila inteira, incluindo a minha família. O Pascoal fez parte da revolução, tanto quanto pôde e, até morrer usou um cravo na lapela sempre que a ocasião era propicia. Entre as moedas de 25 escudos que usava de suborno para me aliciar a ser do Sporting e as jogatinas de sueca underground para onde me levava enquanto tomava conta de mim, explicou-me tudo sobre o 25 de abril”, acrescentou, referindo que fez questão de contar toda essa história ao filho.

“Expliquei ao meu filho. Mas eu não vivi na pele, não tem piada nenhuma. É só uma história. Não sei como vou fazer entender ao meu filho que não foi um filme, que se sofria de verdade, que havia um homem mau e que a polícia torturava gente. As pessoas viviam tristes e tiveram que lutar muito para que o homem mau se fosse embora, 40 anos. Entre elas estava o Pascoal. Acho que vou começar por levar cravos ao cemitério”, rematou.

Hoje é dia de levar cravos ao cemitério. Pelo menos, era assim que a minha tia fazia, ano após ano, no dia 25 de abril. Levava cravos à Hortense, minha avó e, ao meu avô Pascoal, que mesmo não sendo seu pai biológico e uma autêntica besta para ambas, lutou como um cão de fila contra o fascismo. O Pascoal era jogador de futebol no sporting dos marrazes e vidreiro de profissão. Pertenceu à classe operária dos vidreiros da Marinha Grande e mais tarde, foi mestre vidreiro na grande fábrica de cristal de Alcobaça, que deu emprego a uma vila inteira, incluindo a minha família. O Pascoal fez parte da revolução, tanto quanto pôde e, até morrer usou um cravo na lapela sempre q a ocasião era propicia. Entre as moedas de 25 escudos que usava de suborno para me aliciar a ser do sporting e as jogatinas de sueca underground para onde me levava enquanto tomava conta de mim, explicou-me tudo sobre o 25 de abril. E eu expliquei ao meu filho. Mas eu não vivi na pele, não tem piada nenhuma. É só uma história. Não sei como vou fazer entender ao meu filho que não foi um filme, que se sofria de verdade, que havia um homem mau e que a polícia torturava gente. As pessoas viviam tristes e tiveram que lutar muito para que o homem mau se fosse embora, 40 anos. Entre elas estava o Pascoal. Acho que vou começar por levar cravos ao cemitério. #25deabrilsempre

Uma publicação partilhada por Sónia Tavares (@soniatavaresofficial) a 25 de Abr, 2018 às 3:21 PDT

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