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Harvey Weinstein pagou um milhão de dólares para 'calar' modelo italiana

O produtor Harvey Weinstein pagou um milhão de dólares (852 mil euros) para silenciar uma modelo italiana, que o acusou em 2015 de a apalpar, depois de os procuradores terem decididdo não o acusar, informou hoje uma revista.

Harvey Weinstein pagou um milhão de dólares para 'calar' modelo italiana
Notícias ao Minuto

23:59 - 21/11/17 por LUSA

Fama Escândalo sexual

O produtor Harvey Weinstein pagou um milhão de dólares (852 mil euros) para silenciar uma modelo italiana, que o acusou em 2015 de a apalpar, depois de os procuradores terem decidido não o acusar, informou hoje uma revista.

Nos anos 1990, acrescentou a revista New Yorker, tinha sido o irmão de Weinstein a pagar a outras acusadoras, da sua conta pessoal.

Ambra Battilana Gutierrez disse à publicação que assinou um acordo de confidencialidade antes de saber que esta importante figura de Hollywood tinha um padrão de assediar e abusar sexualmente de mulheres. Mas sentiu-se pressionada para assinar o documento.

"Nem sequer percebia o que estava a fazer com aqueles papéis todos. Eu estava realmente desorientada. O meu inglês era muito mau. Todas as palavras nesse acordo eram muito difíceis de compreender. Ainda hoje penso que não compreendi tudo", disse à New Yorker.

Lembrou que, no outro lado da mesa, o advogado de Weinstein tremia visivelmente quando ela pegou na caneta.

"Vi-o a tremer e compreendi a dimensão da situação. Mas então pensei que precisava de apoiar a minha mãe e o meu irmão e como a minha vida tinha sido destruída, e assinei", disse.

Os advogados de Weinstein - Blair Berk e Ben Brafman - afirmaram à revista, em comunicado, que, como há investigações em curso, seria inapropriado responder a todos os detalhes do artigo.

"Basta dizer que o senhor Weinstein contesta fortemente qualquer sugestão de que a sua conduta em alguma altura tenha sido contrária à lei", segundo a declaração publicada na revista. "Tenham a certeza de que iremos responder em qualquer fórum legal apropriado, quando for necessário, e esperamos completamente que o Weinstein vai triunfar contra qualquer acusação de mau comportamento legal", acentuaram.

Gutierrez tinha dito à polícia que o produtor cinematográfico tinha-lhe tocado nas coxas e agarrado as mamas, perguntando "são verdadeiras?", durante um encontro no seu escritório em Manhattan, em 27 de março de 2015.

Os investigadores ouviram uma chamada telefónica entre os dois e levaram a modelo a gravar um encontro pessoal, durante o qual Weinstein alternou entre tentar persuadi-la a ir para o seu quarto de hotel e desculpar-se pelo seu comportamento no escritório.

Não foram feitas acusações, porque o procurador distrital concluiu que não tinham suporte.

Gutierrez disse à revista que esta decisão chocou-a.

"Tínhamos tanta prova de tanta coisa. Todos me diziam: 'Parabéns. Parámos um monstro'", declarou.

Depois da recente vaga de alegações contra Weinstein ter colocado esta decisão sob escrutínio, o principal adjunto do procurador Cyrus Vance do distrito de Manhattan afirmou que a polícia tinha arranjado o encontro de 2015 sem o conhecimento dos procuradores e que tinha havido outras 'questões de prova'.

Mas o Departamento da Polícia nova-iorquina assegurou que tinha usado técnicas de investigação para apresentar aos procuradores uma gravação que corroborava a queixa de Gutierrez, outras declarações e mais informação.

Weinstein também pediu ao irmão e parceiro de negócios para resolver queixas feitas por duas mulheres, após o que este lhes enviou a 250 mil libras esterlinas (282 mil euros), informou a revista.

Bob Weinstein disse à New Yorker que não fazia a menor ideia sobre a razão do pagamento.

O New York Times divulgou uma série de alegações de assédio sexual contra Harvey Weinstein, conduzindo ao seu despedimento da companhia que ele cofundou e à sua expulsão da organização que promove os Prémios da Academia. Desde então, mais de 100 mulheres vieram a público contar episódios similares de assédio ou ataque sexual.

Por norma, a agência AP não identifica pessoas que se queixam de ser vítimas de ataque sexual, a não ser que falem publicamente, como foi o caso de Gutierrez.

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