Cláudio Ramos está de folga esta segunda-feira, 13 de outubro, já que a TVI ocupou a sua manhã com uma emissão dedicada às cerimónias em Fátima.
O apresentador do 'Dois às 10' sentiu-se inspirado e resolveu fazer uma partilha na sua página de Instagram onde falou sobre o seu passado, fazendo referência a memórias de infância.
"Quando era miúdo comia bolacha Maria com manteiga. Apertava e a manteiga saía generosa pelos buraquinhos da bolacha. Às vezes metia-lhe açúcar. Quando falo de manteiga, falo de Planta, que era a que se usava lá em casa e naquele tempo sabia lá eu a diferença entre Primor e Planta!", começa por dizer a cara da TVI.
"Lembro-me também de escutar gira-discos a tocar num aparelho da sala com músicas que, na altura, não me diziam nada mas que os meus pais achavam graça. Lembro-me que odiava que o meu pai visse Fórmula 1 ao domingo, porque eu queria ver outras coisas, mas naquele tempo a televisão não era nossa. Era deles. Eram os pais que mandavam!", revela ainda o apresentador.
"Sempre gostei de novelas, via muitas e quando estrearam as portuguesas ficava fascinado a querer perceber tudo. A RTP teve uma chamada 'Passerelle', tinha que a ver às escondidas. O meu pai não achava graça, a sorte é que muitas vezes fugia para a casa do vizinho e via os episódios em reflexo no espelho de um móvel de loiça. Sentava-me no patamar das escadas e ficava ali quieto e calado a olhar para o móvel na esperança que nem o meu pai me chamasse nem o vizinho mudasse de canal.
Foi assim que vi, por exemplo, o Festival da canção onde a Dora venceu. O meu pai não achava graça ao Festival da canção. [...] Quando era miúdo nunca ninguém me ensinou a andar de bicicleta. Ensinaram-me outras coisas, por exemplo que 'palavra nenhuma volta para dentro da boca!'. Demorei a entender", referiu ainda Cláudio.
Hoje em dia a realidade é outra na vida de Cláudio Ramos mas há coisas que não mudaram, explica ainda o apresentador.
"Já não como margarina mas a minha mãe ainda compra Planta. Continuo a escutar os discos lá de casa. [...] Já não vejo novelas como via. O vizinho já morreu. A vida seguiu. O sol está de abalada… Entretanto cresci, percebi que as palavras ficam ditas para sempre e tentei aprender sozinho a andar de bicicleta. Não é a mesma coisa! Como não é a mesma coisa a televisão sem Dina", concluiu o comunicador.