Anabela, que será para sempre conhecida pela música que levou ao Festival da Canção em 1993 - 'A Cidade' - esteve hoje à conversa com Cristina Ferreira e Cláudio Ramos no programa 'Dois às 10', na TVI.
A artista lembrou 2023, ano em que descobriu que tinha um cancro da mama e no qual o pai morreu.
Esta confessou que o passado dia 2 de outubro foi particularmente difícil, uma vez que se completaram dois anos desde o falecimento do pai.
"Tenho vivido esta ausência física do meu pai de uma forma muito positiva e não estou sempre a chorar, antes pelo contrário, lembro-me dele de uma forma muito positiva, mas quando há estas datas é difícil, porque aperta e lembra-me muito o dia em que ele faleceu", confessa.
A entrevistada nota que "sempre teve uma relação muito íntima, cúmplice e confidente com o pai" desde criança. "Sempre foi o meu porto de abrigo, falámos de tudo, dos meus desamores, das minhas decisões profissionais", realçou.
A luta de Anabela contra o cancro da mama
Tendo já histórico familiar, uma vez que a mãe e a tia também batalharam contra o cancro da mama, Anabela fazia religiosamente os seus exames de rotina todos os anos. Foi em 2023 que a médica percebeu a presença de um tumor. "Percebi imediatamente que era cancro, a forma tensa como ela [a médica] estava, a fazer-me muitas perguntas, se tinha seguro de saúde, se tinha histórico familiar…", nota.
"Depois do exame, em que a médica me disse que havia aqui uma suspeita grande, comecei a sentir e a apalpar um ligeiro alto, junto ao osso", recorda.
Apesar de ter chorado muito quando recebeu os resultados da biópsia, Anabela diz que depois teve uma enorme força interior, estando disposta a enfrentar todos os desafios.
De imediato foi enviada para outros profissionais para fazer uma cirurgia e retirar a mama. Contudo, esta não teve de fazer nem quimioterapia, nem radioterapia. "Eu, felizmente, não tive e fazer tratamentos, faço um tratamento diário, que é um comprido, porque o tumor era hormonal e é para combater as hormonas", explica.
"Sinto que está curado e o futuro a Deus pertence. Todas as mulheres da minha sobreviverem e estão cá com uma energia e uma força de viver brutal", completou.