Sofia Arruda sobre música brasileira atual: "Dá-me náusea, repulsa"

Foi em tom de desabafo que Sofia Arruda refletiu sobre algumas das músicas brasileiras que, atualmente, são transmitidas nas rádios em Portugal. A atriz considera que as letras das canções são desadequadas, revelando não ser fã do género, neste caso, de funk. 

"Vinha no carro e para aí três rádios estavam a dar música brasileira desta atualidade, e eu sempre fui fã de música brasileira, sempre… Seu Jorge, Caetano, Maria Bethânia, Ivete [Sangalo], Daniela Mercury, Adriana Calcanhoto, Tom Jobim, tudo", começa por dizer. 

"Neste momento, a música que está a passar na rádio causa-me uma sensação... Uma náusea, uma repulsa, que tenho de mudar [de estação de rádio", confessa. 

"Não sei se sou eu que não entendo o género, se é da idade...", continua, temendo estar a ser retrógrada quanto ao tema. 

"As letras das músicas: metade não percebo e a que percebo dá-me nojo. Dá-me uma coisa que não consigo explicar. É tudo sexual, é tudo muito ordinário, muito misógino, é tudo uma objetificação do corpo da mulher, uma coisa que não consigo explicar", argumenta. 

A artista, que é mãe de dois filhos - que é mãe de Xavier, de seis anos, e da pequena Olívia, de um - afirmou, inclusive, que evita ouvir música no carro quando viaja com as crianças. "Não consigo ligar o rádio com os miúdos no carro, porque se o Xavi me começa a questionar sobre o que eles estão a dizer nem sei como explicar. Não quero que ouça aquelas músicas"

"Só sou eu que sinto isto? Estou a ficar velha? Vou ser essa velha chata que é contra a música moderna?", questiona ainda em tom de reflexão. 

No vídeo - que poderá ver na galeria - Sofia Arruda fala ainda o caso das músicas norte-americanas que também 'pecam' pelas letras mais inapropriadas, ainda assim, como não são portuguesas, nota que o impacto é diferente. "Não sei se a música americana está tão sexual como esta agora brasileira, mas se calhar são as referências que me aparecem", realça.

A atriz termina o vídeo referindo que o seu desejo era que se iniciasse uma nova vaga no mundo da música, mais romântica e sem termos tão sexualizados. 

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