Estreou-se esta segunda-feira, dia 22 de setembro, a nova série da TVI numa parceria com a Prime Video: 'O Arquiteto'. "O poder e a influência. Os abusos e a vergonha. De um momento para o outro, a vida de várias mulheres e de uma família vai mudar! Uma intensa série TVI, para acompanhar a partir de hoje", informa o canal de Queluz de Baixo.
Uma vez que a série é inspirada em factos reais, desde logo seguidores recordaram o polémico caso do arquiteto Tomás Taveira, que se viu envolvido num escândalo sexual em 1989, depois de cassetes nas quais o também professor universitário aparecia a ter relações sexuais com alunas e mulheres da alta sociedade portuguesa terem sido vendidas aos jornais.
Foram várias as pessoas que deixaram comentários negativos na publicação do canal, notando que a série desrespeitava as vítimas.
Não ficando indiferente ao burburinho que se gerou à volta da série, Nuno Markl lamentou que "se esteja a perder critério no ódio" que é espalhado nas redes sociais.
Nuno Markl defende Rui Melo, protagonista de 'O Arquiteto'
Nuno Markl dedicou uma publicação na sua página de Instagram ao assunto.
"O Rui Melo estava a gravar o 'Taskmaster' connosco quando a série 'O Arquiteto' foi anunciada. De imediato, choveu fúria instagrâmica sobre ele, a equipa da série e a TVI. Pela razão mais insólita: pessoas que não tinham visto a série meteram na cabeça que ela iria fazer do protagonista um herói.
A ânsia de odiar é tal que se cilindraram algumas evidências - o facto de ser uma série escrita pela Patrícia Muller (Madre Paula), realizada pelo João Maia (Variações) e interpretada por um elenco de atores inteligentes e sensíveis deveria gerar mais curiosidade e interesse do que ataques que até ameaças envolveram.
O primeiro episódio deixou claro o óbvio: que este grupo de artistas nunca faria a série que algumas pessoas - na melhor das intenções, em alguns casos - criaram nas suas cabeças e condenaram sem ver, terminando até o episódio com o contacto da APAV.
Percebo: o tema é delicado, os receios são legítimos. Mas o caso tem pano para mangas para uma boa e útil série de ficção. Disparar primeiro e só perceber depois se a bala foi ou não bem gasta não me parece boa política", considerou o radialista da Comercial.
A série conta a história de Tomé Serpa, arquiteto "carismático e ambicioso", e passa-se nos anos 90. Tomé vive entre o sucesso profissional e uma vida secreta de relações sexuais filmadas sem consentimento das participantes. Segundo a TVI, a trama é "inspirada em factos públicos e notórios ocorridos na sociedade portuguesa nos anos 80/90".
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