Pedro Chagas Freitas não ficou indiferente ao momento em que Cristiano Ronaldo marcou um golo ao minuto 21 do jogo entre a Arménia e Portugal, este sábado, no arranque da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026.
21 era precisamente o número de Diogo Jota na seleção nacional, o que fez com que o internacional português apontasse para o céu, em memória do seu antigo companheiro de equipa.
Esse momento - e coincidência - também emocionaram Roberto Martínez, selecionador de Portugal, que chegou mesmo a assumir: "Acredito que é um sinal. Já falámos da sua presença e como ele continua connosco.
Sentimos isso desde o primeiro treino no estágio. O grupo falou disso, claro. É um sinal do Diogo Jota o nosso capitão marcar um golo ao minuto 21", referiu.
A opinião de Pedro Chagas Freitas
Pedro Chagas Freitas também não ficou indiferente a este momento. Na sua página de Instagram, o escritor explicou que acredita nestes 'sinais' até porque ele já experienciou situações semelhantes.
"Acredito no que não se explica. Acredito no intangível, no para além da fórmula, no que não vem nos Manuais. Acredito em sinais. Já tive muitos, arrepiantes, assustadores, reveladores, salvadores, em momentos diversos da minha vida. Pequenas coincidências que não poderiam ser coincidências; eram qualquer coisa acima disso: um acontecimento imaterial, talvez.
Acredito no que não tem explicação. Mais: preciso do que não tem explicação: a poesia, por exemplo, ou o beijo do meu filho quando me abraça, ou a pele de quem amo encostada à minha, ou a lembrança do meu pai a falar comigo quando mais preciso dele. Há instantes em que acontece Deus mesmo para quem não acredita nEle.
O golo de Cristiano, ontem, ao minuto 21 do primeiro jogo depois da morte de Diogo Jota foi um desses momentos. Um momento de Deus que até os ateus têm de celebrar. É quando coisas assim, quando um pó de inexplicável acontece, que nos sentimos, todos, especiais, raros no sentido mais aberto da palavra: viver é insuportável sem o que não conseguimos explicar. A realidade, sem estas viagens para um lado qualquer fora de nós (e nem por isso profundamente dentro de nós), pode matar.
A realidade precisa do que não existe, e que nos faz existir. O que nos salva não é que nos acontece; é o que não se sabe por que acontece, e que assim nos faz acontecer para mais longe, para um lugar onde só cabe o que mexe connosco, o que nos traz a lágrima ou a gargalhada, o abraço ou a saudade. Somos infinitamente mais do que aquilo que sabemos que somos. Somos sobretudo o que não sabemos de todo que somos. Eis tudo, ou então nada", escreveu o autor.
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