Morreu o cantor Ozzy Osbourne, esta terça-feira, aos 76 anos. Há três semanas, a lenda do 'heavy metal' e vocalista do grupo Black Sabbath tinha, em conjunto com a banda, realizado o seu concerto de despedida.
"É com uma tristeza que as palavras não conseguem expressar que informamos que o nosso querido Ozzy Osbourne morreu esta manhã. Estava com a família e rodeado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento", pode ler-se num comunicado da família do cantor partilhado na imprensa britânica.
A causa da morte do cantor não foi revelada. No entanto, Osbourne enfrentou vários problemas de saúde nos últimos anos, nomeadamente depois de ter sido diagnosticado com Parkinson, em 2019, - uma doença degenerativa crónica do sistema nervoso central que afeta a coordenação motora.
A imagem de Ozzy Osbourne, conhecido como o 'Príncipe das Trevas', fez dele um dos vocalistas mais icónicos de todos os tempos. Numa das suas atuações mais controversas chegou a morder a cabeça de um morcego em palco.
John Michael 'Ozzy' Osbourne nasceu a 3 de dezembro de 1948, em Aston, Birmingham, no Reino Unido, numa família operária. O músico era casado com Sharon Osbourne, desde 1982, e de que tinha três filhos - Aimee, Kelly e Jack. Entre os anos 1971 e 1982, foi casado com Thelma Riley, mãe de outros três dos seus filhos - Louis e Jessica Osbourne e Elliot Kingsley, que é adotado.
Como vocalista dos Black Sabbath, estava na vanguarda da cena 'heavy metal', um ramo mais profundo e sombrio do 'hard rock'. Batizados em homenagem a um filme de terror de Boris Karloff, os Black Sabbath contavam ainda com Tony Iommi, na guitarra, e Bill Ward, na bateria.
O primeiro álbum, homónimo, foi lançado em 1970, seguindo-se outros que acabariam por definir o 'heavy metal'. Depois, 'Paranoid' (1970), que inclui temas como 'Iron Man' e 'War Pigs', liderou as tabelas do Reino Unido, na época, enquanto 'Master of Reality' (1971) continua a ser dado como influência do chamado 'doom metal'.
Osbourne gravou mais cinco álbuns com os Black Sabbath, mas tornou-se tão dependente do álcool e das drogas que em 1979 teve de ceder o lugar a Ronnie James Dio. Acabaria por regressar em 2013, para o álbum '13', o 19.º do grupo, que liderou as tabelas nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Depois dos Black Sabbath, Osbourne fez uma carreira a solo, iniciada com o álbum 'Blizzard of Ozz' (1980), cinco vezes disco de platina nos EUA. Editou ainda mais 11 álbuns de estúdio, sendo o mais recente 'Ordinary Man', de 2020. O vídeo de promoção contou com colaborações de jovens músicos de rap como Post Malone e Travis Scott, e com a participação especial de Elton John.
Fora dos palcos, teve um reality show chamado 'The Osbournes', que esteve no ar entre 2002 e 2005 e que acompanhava a vida dele e da sua família em Los Angeles.
[Notícia atualizada às 19h52]
Leia Também: Morreu o ator Malcolm-Jamal Warner. Tinha 54 anos