Decorreu esta sexta-feira, dia 11 de julho, a quarta sessão do julgamento do caso da dupla Anjos contra Joana Marques. A humorista foi ouvida em tribunal, tendo afirmado que não queria "instigar ódio", mostrando-se também empática com os cantores por estes terem recebido mensagens de ódio.
Joana Marques frisou que o seu único objetivo com o vídeo que publicou no Instagram dos Anjos a cantar o hino nacional - numa montagem com excertos de reações do programa 'Ídolos' - foi apenas para "fazer rir". E referiu que as partes escolhidas da atuação da dupla numa prova do MotoGP em Portimão (em abril de 2022) foram as que, "de um ponto de vista cómico", considerou "mais engraçadas".
"Quando fiz os meus cortes, foi única e exclusivamente à procura dos momentos mais cómicos", disse, justificando também que a referida atuação dos cantores (que terá sido afetada com problemas técnicos) já estava disponível na Internet.
O vocalista dos The Black Mamba, Tatanka, compareceu ao tribunal esta sexta-feira, dia 11 de julho, tendo sido convidado a testemunhar contra Joana Marques.
Apesar de não querer envolver-se no processo, o artista foi chamado pela defesa dos Anjos, que apelou a que fosse ordenado, se necessário, um mandado de comparência para que Tatanka fosse acompanhado pela polícia para ir a tribunal. Tal pedido não foi validado e o artista acabou por marcar presença na quarta sessão do julgamento "de livre vontade".
"Não me quero meter nem de um lado, nem do outro. Os Anjos estão no seu direito. Se sentiram-se efetivamente prejudicados e se têm provas, se calhar, estão no seu direito. Não sei, não me cabe a mim julgar", partilhou Tatanka com os jornalistas na chegada ao tribunal.
O cantor diz ter ido de "livre e espontânea vontade", mas com a "perfeita consciência de que não posso ajudar muito" neste caso.
De referir que Tatanka foi chamado por também aparecer no vídeo partilhado por Joana Marques como jurado dos 'Ídolos'.
A defesa dos Anjos insiste que Joana Marques deve ser condenada. Isto porque, justifica, a comediante cometeu "algo ilícito" ao manipular a transmissão original da atuação e desinformar a sociedade, e sublinhou que a humorista só não poderia ter noção que tal iria gerar reações negativas se não soubesse que largar um fósforo num fardo de feno vai atear um fogo.
Por sua vez, a defesa de Joana Marques argumentou que esta "não introduziu alterações para acentuar falhas" da atuação dos Anjos, causadas pela transmissão original - entre as quais a substituição de "egrégios" por "egreijos" - e que tinham já gerado reações negativas 'online'.
Além disso, como cita a SIC Notícias, a defesa dos Anjos lembrou o depoimento de Ricardo Araújo Pereira - que foi testemunha de Joana Marques - e comparou aos argumentos usados por Mário Machado no caso das ofensas às deputadas de Esquerda.
Os Anjos, de lembrar também, exigem uma indemnização no valor de 1.118.000 euros, por prejuízos que terão sido causados pelo vídeo divulgado pela humorista. Além disso, a dupla quer que Joana Marques apague o vídeo que publicou nas redes sociais.
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