Advogado de Diddy comparou festas de sexo com um casal que bebe limonada

Marc Agnifilo, advogado de Sean 'Diddy' Combs, alegou que o julgamento contra o rapper apenas surgiu devido aos seus gostos sexuais - neste caso 'swing'. Nota ainda que todos os atos sexuais com alegadas vítimas eram consentidos.

Sean Diddy Combs, juiz Arun Subramanian

© REUTERS/Jane Rosenberg

Mariline Direito Rodrigues
29/06/2025 11:17 ‧ há 3 horas por Mariline Direito Rodrigues

Fama

Sean 'Diddy' Combs

O advogado de Sean 'Diddy' Combs - Marc Agnifilo - comparou as festas de sexo que eram organizadas pelo rapper, conhecidas como 'freak offs, com casais que bebem limonada juntos.

 

Os comentários inusitados foram feitos pelo advogado durante os argumentos finais do julgamento do artista, cuja última audiência aconteceu esta sexta-feira, dia 27 de junho. 

Na visão de Marc Agnifilo, as circunstâncias em que Combs e a ex-namorada, Cassie Ventura (uma das principais testemunhas do processo) discutiam acerca das referidas festas, eram iguais às de um casal comum que discute se quer ir à praia ou beber limonada, argumentando que, normalmente, os casais partilham os "mesmos gostos".

Para os procuradores, as festas - que por vezes chegavam a durar dias - eram esquemas orquestrados pelo empresário, que envolviam o consumo de substâncias ilícitas e trabalhadores do sexo. 

Já para a equipa de defesa de Diddy, as três testemunhas do processo - Cassie Ventura, Jane (nome fictício) e uma ex-assistente, Mia - participaram de livre e espontânea vontade das 'freak offs', uma vez que todos os atos sexuais seriam consentidos.

Limonada não é o mesmo que 'freak offs', atira procuradora

Numa audiência que aconteceu a 25 de abril, menos de duas semanas antes do julgamento começar, Agnifilo referiu que todo o processo legal tinha como base, simplesmente, o gosto sexual do seu cliente - especificamente pela prática de 'swing' (troca de casais).

Notícias ao Minuto Marc Agnifilo, advogado do rapper Sean 'Diddy' Combs© Getty Images  

Tanto estas alegações, como as da "limonada", foram contestadas pela procuradora federal Maurene Comey, que afirmou que tais palavras sugeriam que as vítimas estavam a mentir. 

"O que a defesa está a sugerir é que estas mulheres mentiram repetidamente", atirou. "Mas estas mulheres não têm razões para mentir. Não têm de todo motivos", realçou.

Da mesma forma contestou o argumento relativamente à prática de 'swing', notando que as alegadas vítimas ficavam acordadas durante dias, cobertas de óleo de bebé, a usarem saltos de altos de 20 centímetros, normalmente com infeções urinárias e a terem sexo desprotegido com estranhos. Na visão de Comey, isto era diferente de alguém concordar que também "gostava de limonada".

Em que fase está o processo?

Combs, de 55 anos, foi preso em setembro do ano passado e acusado de liderar uma rede de tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição. 

A detenção aconteceu na sequência de uma queixa apresentada por Ventura, em novembro de 2023, que alegou ter sido vítima de tráfico sexual, violação e agressão durante o tempo em que estiveram juntos. 

Amanhã, 30 de junho, o júri ir-se-á reunir novamente para receber instruções do juiz Arun Subramanian antes de fazerem as deliberações finais. 

Esta semana, o rapper e um dos filhos, Justin Combs, viram-se envolvidos num novo processo no qual uma mulher alegou ter sido enganada por Justin, que a levou para a mansão na qual acabou por ser violada por três homens (um deles o rapper).

Conheça os pormenores do caso: 

Mulher terá sido violada por Diddy e 2 homens (filho de rapper envolvido)

Mulher terá sido violada por Diddy e 2 homens (filho de rapper envolvido)

O processo já foi aberto em tribunal contra Sean 'Diddy' Combs e um dos filhos do rapper, Justin. A alegada vítima diz ter sido enganada por Justin para ir para a casa do artista, onde acabou por ser violada pelo próprio e mais dois homens na mesma noite.

Mariline Direito Rodrigues | 09:01 - 27/06/2025

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