Visita de Carlos III a França adiada por causa dos violentos protestos
Na agenda real a viagem estava para marcada para domingo, mas teve de ser alterada.

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O rei Carlos III e a rainha consorte Camilla deveriam viajar até França para uma visita de Estado, mas os planos foram alterados por causa dos violentos protestos que decorrem no país contra a reforma das pensões.
O monarca britânico e a mulher iriam começar a visita no domingo, dia 26 de março, em Paris. No entanto, a presidência francesa e o governo do Reino Unido confirmaram o adiamento da viagem, na manhã desta sexta-feira, depois de anunciadas mais manifestações.
Esta seria a primeira visita de Estado do rei de 74 anos, que acedeu ao trono a 8 de setembro, após a morte da mãe, a rainha Isabel II.
A decisão foi "tomada pelos governos francês e britânico, após uma conversa telefónica entre o presidente da República e o rei esta manhã, a fim de poder acolher Sua Majestade o rei Carlos III em condições que correspondam à nossa relação de amizade", escreveu a presidência francesa num comunicado.
O Palácio de Buckingham também confirmou, indicando que o monarca e a rainha consorte Camilla "aguardam com grande expetativa a oportunidade de visitar a França, assim que [novas] datas possam ser encontradas".
As novas datas ainda não são conhecidas e esta informação será confirmada em breve.
Ainda assim, a viagem que estava prevista à Alemanha, de 29 a 31 de março, vai decorrer como estava planeado, relata o Mirror.
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De recordar que milhares de manifestantes saíram às ruas contra o aumento da idade da reforma.
Em Paris, encapuzados atiraram pedras da calçada, garrafas e foguetes às forças da ordem - que responderam lançando granadas de gás lacrimogéneo -, destruíram mobiliário urbano, partiram vitrinas de lojas e atearam fogo aos sacos de lixo acumulados nas ruas, após mais de duas semanas de greve dos serviços de recolha, obrigando à intervenção dos bombeiros.
A manifestação na capital francesa concentrou 3,5 milhões de pessoas, segundo a central sindical Confederação Geral do Trabalho (CGT), e 1,08 milhões, segundo a polícia.
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