Armie Hammer quebrou o silêncio pouco mais de dois anos depois de ter sido acusado de abuso sexual e canibalismo, razões que abalaram a sua carreira. 

Numa nova entrevista ao Air Mail, que foi publicada na sexta-feira, Armie Hammer falou pela primeira vez das acusações e partilhou também a sua história. 

O ator alega que foi violado por um pastor quando tinha 13 anos. "O que isso fez por mim foi introduzir a sexualidade na minha vida de uma forma que estava completamente fora do meu controlo. Eu estava impotente naquela situação", recordou. 

"A sexualidade foi-me apresentada de uma forma assustadora em que eu não tinha controlo. Os meus interesses passaram a ser: quero ter controlo na situação, na sexualidade", acrescentou. 

Armie Hammer diz que falou sobre a alegada violação que sofreu na infância com um amigo que já morreu e com a madrinha, Candace Garvey, que confirmou o relato à publicação.

O ator desabafou ainda que tentou colocar um ponto final na sua vida depois das acusações contra si: "Entrei no oceano, nadei o mais longe que consegui e esperava que me afogasse, ou fosse atropelado por um barco, ou comido por um tubarão. Depois percebi que os meus filhos ainda estavam na praia e que não lhes podia fazer isso". 

Armie Hammer é pai de duas crianças, Ford, de seis anos, e Harper, de oito, fruto do casamento terminado com Elizabeth Chambers.

De recordar que foi em janeiro de 2021 que se tornaram públicos os relatos de várias mulheres que acusaram o ator de as ter envolvido em fantasias violentas, abuso sexual e canibalismo. 

Após as acusações, o artista foi dispensado da sua agência e mais tarde saiu também de vários projetos. 

Armie Hammer negou qualquer irregularidade criminal, no entanto, não deixou de admitir o seu comportamento emocionalmente abusivo. 

"Estava com essas mulheres, de 20 e poucos anos, enquanto tinha mais de 30. Era um ator de sucesso na altura. Elas podem ter ficado felizes apenas por estarem comigo e terem dito sim a coisas que talvez não teriam dito noutra situação", explicou. 

"Tinha um estilo de vida muito intenso e extremo. Levava essas mulheres para várias viagens, sexo, drogas e grande emoções. Assim que terminava, deixava-as e passava para a próxima mulher, deixando aquela mulher a sentir-se abandonada ou usada", admitiu. 

Agora, diz, está pronto para virar a página. "Estou aqui para assumir os meus erros, assumir a responsabilidade pelo facto de ter sido um idiota, egoísta, que usei pessoas para me fazer sentir melhor e, quando terminei, segui em frente. E não tratei as pessoas como deveriam ter sido tratadas", confessou ainda. 

O Air Mail relata que Hammer começou a sua caminhada na reabilitação em maio de 2021 por causa dos problemas com as drogas e o álcool. "Agora sou uma pessoa mais saudável, feliz e equilibrada", afirmou. 

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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:

SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 

Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159

SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707

Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

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