"O meu pai tinha no bilhete de identidade branco de segunda"
Sofia Aparício esteve à conversa com Manuel Luís Goucha.
© Instagram - Manuel Luís Goucha
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Sofia Aparício não conseguiu conter as lágrimas ao recordar o pai. A atriz deu uma entrevista a Manuel Luís Goucha esta terça-feira, 28 de junho, onde lembrou a sua infância - passada em Luanda até aos quatro anos.
"Nasci em 1970. O meu pai era angolano e nessa altura tinha no bilhete de identidade ‘branco de segunda’. Isso tinha bastantes constrangimentos, não te sei dizer quais, é horrível", lembra.
"A minha mãe não queria que fosse branca de segunda e eu fui nascer a Viana do Castelo. Com menos de um mês fui de navio para Angola", lembra, notando que em 1974 fez parte das milhares de famílias de retornados.
"Sempre me senti africana, é uma extensão do amor que tenho pelo meu pai", sublinha, referindo que já teve a oportunidade de conhecer a aldeia onde o pai nasceu.
"O meu amor por ele não cresceu, porque não dava mais, mas a minha admiração por ele sim", completa.
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